Ricardo Abrantes .. economia em destaque
IMPACTO DA GESTÃO AMERICANA NA NOSSA ECONOMIA

A Europa enfrenta atualmente um período de estagnação económica. Após a pandemia de COVID-19, que provocou a maior queda nos rendimentos das famílias e das empresas desde a Segunda Guerra Mundial, a Europa foi arrastada para um ciclo inflacionista alimentado pela crise energética e pelas consequências da guerra na Ucrânia. Para combater este cenário, foram implementadas políticas monetárias restritivas, como o aumento das taxas de juro e a consequente redução do consumo.
A contração no consumo reflete-se na perda contínua de poder de compra por parte de famílias e empresas, conduzindo a economia europeia — o mesmo aconteceu na encomia americana — a uma situação de relativa estagnação económica. Este cenário tem repercussões visíveis nas empresas da região, através da diminuição das carteiras de encomendas.
Simultaneamente, surge uma nova incerteza quanto à possibilidade de os Estados Unidos introduzirem tarifas sobre produtos europeus (e também de outras regiões do globo). Caso estas tarifas sejam implementadas, haverá sem dúvida um impacto negativo direto na competitividade e nas exportações europeias para o mercado americano.
Pessoalmente, conheço empresas da nossa região que registaram uma redução significativa nas encomendas de clientes americanos no segundo semestre de 2024. Contudo, também observo casos positivos de empresas que viram as suas encomendas para este mercado crescer no final de 2024 e início de 2025.
O PAPEL DA POLÍTICA COMERCIAL AMERICANA
Muito tem sido debatido acerca das consequências da política comercial promovida por Donald Trump.
A sua agenda visa combater a inflação, estimular o rápido crescimento da economia americana e aumentar o poder de compra dos cidadãos. Se alcançado, esse cenário poderá dinamizar a economia americana, impulsionando a procura e, por consequência, abrindo novas oportunidades para as exportações europeias; especialmente para as empresas da nossa região, principalmente num cenário e contexto económico anémico previsível para europa – veja-se a situação da economia Alemã, Francesa, Belga, etc etc.
O RISCO DE RE-INFLAÇÃO
De acordo com as recentes discussões no Fórum de Davos, a Europa enfrenta o risco de re-inflação, ou seja, a possibilidade de que a inflação volte a subir para os níveis observados em 2022 e 2023.
Este quadro é muito impulsionado pelo aumento dos preços da energia, muito mais cara na Europa quando comparada com os preços da energia nos EUA ou na China, e que merece séria reflexão por parte dos decisores europeus. Esse cenário, caso se venha a concretizar, será catastrófico e intensificará as dificuldades económicas já existentes, impondo ainda mais desafios para as empresas da região.
Contudo, é ainda prematuro fazer julgamentos sobre os impactos reais das alegadas tarifas aduaneiras Americanas sobre os produtos europeus. Caso estas sejam efetivamente introduzidas, os desafios para a Europa serão substanciais, exigindo respostas estratégicas para minimizar perdas.
CONCLUSÃO
Recomendo cautela e prudência ao avaliar a política comercial Americana. Apesar do risco aparente de perda de competitividade temos que ponderar as oportunidades para as exportações europeias que decorrem da dinamização da economia americana. Os riscos associados às tarifas e ao aumento da inflação europeia exigem uma abordagem equilibrada. Como sempre, o desfecho está em aberto, e continuamos a acompanhar os acontecimentos de perto. Apesar de tudo, estou otimista quanto ao dinamismo da economia americana e das novas oportunidades que tal trará para as empresas da região.
A contração no consumo reflete-se na perda contínua de poder de compra por parte de famílias e empresas, conduzindo a economia europeia — o mesmo aconteceu na encomia americana — a uma situação de relativa estagnação económica. Este cenário tem repercussões visíveis nas empresas da região, através da diminuição das carteiras de encomendas.
Simultaneamente, surge uma nova incerteza quanto à possibilidade de os Estados Unidos introduzirem tarifas sobre produtos europeus (e também de outras regiões do globo). Caso estas tarifas sejam implementadas, haverá sem dúvida um impacto negativo direto na competitividade e nas exportações europeias para o mercado americano.
Pessoalmente, conheço empresas da nossa região que registaram uma redução significativa nas encomendas de clientes americanos no segundo semestre de 2024. Contudo, também observo casos positivos de empresas que viram as suas encomendas para este mercado crescer no final de 2024 e início de 2025.
O PAPEL DA POLÍTICA COMERCIAL AMERICANA
Muito tem sido debatido acerca das consequências da política comercial promovida por Donald Trump.
A sua agenda visa combater a inflação, estimular o rápido crescimento da economia americana e aumentar o poder de compra dos cidadãos. Se alcançado, esse cenário poderá dinamizar a economia americana, impulsionando a procura e, por consequência, abrindo novas oportunidades para as exportações europeias; especialmente para as empresas da nossa região, principalmente num cenário e contexto económico anémico previsível para europa – veja-se a situação da economia Alemã, Francesa, Belga, etc etc.
O RISCO DE RE-INFLAÇÃO
De acordo com as recentes discussões no Fórum de Davos, a Europa enfrenta o risco de re-inflação, ou seja, a possibilidade de que a inflação volte a subir para os níveis observados em 2022 e 2023.
Este quadro é muito impulsionado pelo aumento dos preços da energia, muito mais cara na Europa quando comparada com os preços da energia nos EUA ou na China, e que merece séria reflexão por parte dos decisores europeus. Esse cenário, caso se venha a concretizar, será catastrófico e intensificará as dificuldades económicas já existentes, impondo ainda mais desafios para as empresas da região.
Contudo, é ainda prematuro fazer julgamentos sobre os impactos reais das alegadas tarifas aduaneiras Americanas sobre os produtos europeus. Caso estas sejam efetivamente introduzidas, os desafios para a Europa serão substanciais, exigindo respostas estratégicas para minimizar perdas.
CONCLUSÃO
Recomendo cautela e prudência ao avaliar a política comercial Americana. Apesar do risco aparente de perda de competitividade temos que ponderar as oportunidades para as exportações europeias que decorrem da dinamização da economia americana. Os riscos associados às tarifas e ao aumento da inflação europeia exigem uma abordagem equilibrada. Como sempre, o desfecho está em aberto, e continuamos a acompanhar os acontecimentos de perto. Apesar de tudo, estou otimista quanto ao dinamismo da economia americana e das novas oportunidades que tal trará para as empresas da região.