EDUCAÇÃO
“No passado todos sabiam o que era uma escola. Agora todos acham que sabem”
“Tenho dificuldade em entender como se pode (e deve) desenvolver o sentido crítico sem conhecimento”, refere Henrique Coelho (HC), diretor da Escola Secundária Adolfo Portela (ESAP) há 30 anos! Em entrevista a SP, o docente fala da “desvalorização do conhecimento” pela sociedade mas também dos excelentes resultados escolares que os estudantes obtiveram, como nunca, no final do ano letivo anterior. Aborda a necessidade de investimento na ESAP e os desafios da Escola perante a revolução acelerada a que se assiste, com ênfase na inteligência artificial. “Vai provocar uma revolução tecnológica, social, ética e pessoal”...
SP - A requalificação da ESAP conta com uma rubrica inscrita no Orçamento Municipal de 517 mil euros para 2025 e de 12 milhões para os dois anos seguintes. É desta que as obras vão arrancar?
HC - Começámos com um projeto faraónico, como muitos da Parque Escolar onde o betão é rei, o sol não se vê e os espaços para caminhar, correr, conviver e respirar são reduzidos a quase nada. Uns anos depois estudava-se a possibilidade de uma pequena intervenção de recuperação de alguns espaços… agora trabalha-se num projeto equilibrado. Mas já há muitos anos que esquecemos a dita requalificação. Se estivéssemos à sua espera, a Escola estaria degradada e teria deixado de responder às necessidades atuais. Ainda este ano, questionados os alunos que vieram pela primeira vez para a escola sobre o que mais gostam na ESAP, não deixa de ser interessante surgir com frequência a resposta “o espaço da escola, os pavilhões, a biblioteca…”. Vamos fazendo as nossas pequenas reparações e requalificações que, acredito, têm dado um contributo para o bem-estar dos alunos, para as suas aprendizagens, para a sua formação integral.
SP - Mas, em concreto, acha que será desta que as obras avançarão?
HC - Não será ainda neste ano letivo nem no próximo que teremos as grandes obras.
ESCOLA DESEJA MELHORIAS SIGNIFICATIVAS
SP - Tem estado ao corrente dos motivos pelos quais as obras ainda não avançaram ao fim de tantos anos?
HC - O projeto inicial estava com a Parque Escolar. Mas a Parque Escolar, talvez por ter, entre aspas, dinheiro fácil, perdeu-se com projetos de autor, com luxos, com equipamentos caros que depois não se usam… e, entretanto, já não havia dinheiro. Depois, a Escola seria entregue ao Município, já recuperada, mas isso não aconteceu. Entretanto, a Câmara Municipal quis ficar com as escolas e a Educação, no processo de descentralização...
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SP - A requalificação da ESAP conta com uma rubrica inscrita no Orçamento Municipal de 517 mil euros para 2025 e de 12 milhões para os dois anos seguintes. É desta que as obras vão arrancar?
HC - Começámos com um projeto faraónico, como muitos da Parque Escolar onde o betão é rei, o sol não se vê e os espaços para caminhar, correr, conviver e respirar são reduzidos a quase nada. Uns anos depois estudava-se a possibilidade de uma pequena intervenção de recuperação de alguns espaços… agora trabalha-se num projeto equilibrado. Mas já há muitos anos que esquecemos a dita requalificação. Se estivéssemos à sua espera, a Escola estaria degradada e teria deixado de responder às necessidades atuais. Ainda este ano, questionados os alunos que vieram pela primeira vez para a escola sobre o que mais gostam na ESAP, não deixa de ser interessante surgir com frequência a resposta “o espaço da escola, os pavilhões, a biblioteca…”. Vamos fazendo as nossas pequenas reparações e requalificações que, acredito, têm dado um contributo para o bem-estar dos alunos, para as suas aprendizagens, para a sua formação integral.
SP - Mas, em concreto, acha que será desta que as obras avançarão?
HC - Não será ainda neste ano letivo nem no próximo que teremos as grandes obras.
ESCOLA DESEJA MELHORIAS SIGNIFICATIVAS
SP - Tem estado ao corrente dos motivos pelos quais as obras ainda não avançaram ao fim de tantos anos?
HC - O projeto inicial estava com a Parque Escolar. Mas a Parque Escolar, talvez por ter, entre aspas, dinheiro fácil, perdeu-se com projetos de autor, com luxos, com equipamentos caros que depois não se usam… e, entretanto, já não havia dinheiro. Depois, a Escola seria entregue ao Município, já recuperada, mas isso não aconteceu. Entretanto, a Câmara Municipal quis ficar com as escolas e a Educação, no processo de descentralização...
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