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António Almeida da Silva

Quando a governança vira cartel - Parte IV

2023-02-01 17:33:03

Quando a governança vira cartel - Parte IV

Estávamos, ainda, no século XX quando Pedro Nuno Santos acompanhava o pai, com presença regular nos aniversários da Orquestra Filarmónica 12 de Abril.
O espevitado miúdo acabara de entrar no liceu e já o pai, orgulhoso e convicto, dizia: “Este “gajo” vai ser o Primeiro-Ministro deste país!”.
Os anos iam passando com cada vez maiores evidências de que se realizavam as profecias em relação ao futuro político do filho, até que um rapaz feito homem entra na calha de uma fulgurante caminhada, com fortes possibilidades de se concretizar o vaticínio do pai - na sucessão do já cansado mas teimoso Costa - nas próximas eleições.
Entretanto, desenhava-se que pela frente na corrida teria o Medina, dileto do Primeiro-Ministro. Todavia, pensava eu (ainda penso) que o Pedro Nuno Santos - mais inteligente, determinado e aguerrido - teria mais possibilidades de vitória.
Num ápice, tudo mudou com as buscas na Câmara de Lisboa a mostrarem Medina, presidente, a assinar contrato que está sob suspeição.
Por seu turno, Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, toma conhecimento e dá o aval às cartelistas indemnizações da TAP, numa dança de cadeiras que deixa a suspeição de ser uma forma de os maiorais saírem sempre com indemnizações milionárias, a fazer lembrar aquela dança popular em que o povo na sua sabedoria diz: “Ora agora recebes tu, ora logo recebo eu!”.
E, assim, os milhares de milhões de euros dos nossos impostos - que se dizem para salvar a TAP... - se esvaem na magia dos dedos para os bolsos dos cartelistas.
Diz-se na minha terra que o diabo tem uma capa e um chocalho. A capa é a da ofuscada governança; o chocalho é a caneta da imprensa de investigação que põe, e bem, tudo a descoberto e a perder, aos até agora previsíveis candidatos a Primeiro-Ministro pelas hostes do PS.
Ficamos tristes ao saber que os nossos amigos fazem sujeira!
Ao menos, o Pedro Nuno Santos, porque é do Norte, teve a dignidade de se demitir do cargo ministerial. Já o outro, Medina, “Xuxa do Sul”, continua agarrado à teta.