Presidente da República cancela visita a Águeda devido ao falecimento de Pinto Balsemão
22 de outubro de 2025
O falecimento de Pinto Balsemão, esta terça-feira à noite, anulou a agenda prevista pelo Presidente da República. O Conselho de Ministros aprovou, entretanto, esta quarta-feira, o decreto de luto nacional de dois dias pela morte de Francisco Pinto Balsemão, a cumprir esta quarta-feira e quinta-feira.
Marcelo Rebelo de Sousa, na página oficial da Presidência da República, considerou que “Portugal perdeu, hoje, uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos. Na política, na sociedade, na afirmação da liberdade de expressão e de imprensa”. Referiu que “na política, foi Deputado da Ala Liberal, e, nela, coautor dos projetos de revisão constitucional, lei de imprensa, lei de reunião e associação e lei de liberdade religiosas, para mudar o Portugal do final de sessenta e início de setenta. Depois do 25 de Abril, fundador do PPD, hoje PSD, Vice-Presidente da Assembleia Constituinte, Parlamentar, Governante, Presidente do Partido e Primeiro-Ministro, durante a revisão constitucional que pôs termo ao Conselho da Revolução, com a transição para a Democracia plena, longevidade, Conselheiro de Estado”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “desde os anos 70 do século passado até ao novo século” foi “dos políticos portugueses com efetiva projeção externa, em particular na Europa e nos EUA”. Acrescentou que “integrando ou liderando causas, movimentos de opinião e instituições europeístas, euroafricanas e latino-americanas e transatlânticas”, Pinto Balsemão desempenhou um papel ativo na sociedade, assim como “na afirmação da liberdade de expressão e de imprensa, militando contra a censura e o exame prévio”.
O Presidente da República recorda a fundação do Expresso antes do 25 de Abril - com quem, de resto, trabalhou enquanto cofundador, diretor adjunto e mais tarde diretor - mas não só: “criando um novo grande grupo de comunicação social, elaborando a primeira lei de imprensa democrática, integrando o Conselho de Imprensa, lançando a SIC, revolucionando o que era a informação no final da ditadura e no início da Democracia”.
Para o chefe de Estado, foi “visionário, pioneiro, criativo, determinado, batalhador, democrata, social-democrata, europeísta e atlantista, esteve em quase todos os combates de meados dos anos sessenta até hoje”.
FOTO: SIC

