Nuno Simões de Melo .. Opinião à direita
OPORTUNIDADE PERDIDA!
01 de outubro de 2025Vivi grande parte da minha infância e juventude no Concelho de Águeda. No entanto, por decisão da Direção Nacional do partido a que pertenço, fui candidato e fui eleito pelo círculo eleitoral da Guarda, um dos distritos mais fustigado pelos incêndios do verão. Antes que a voracidade dos tempos levasse ao seu esquecimento, foi agendado um debate parlamentar para, ao nível legislativo, se criarem condições de prevenção desta tragédia que se abate, ano após ano, sobre um interior abandonado pelo poder central.
Creio que é óbvio para todos nós que quanto mais despovoado estiver o território, mais facilmente será alvo de qualquer calamidade. O abandono do interior por aqueles cuja atividade económica assenta na fileira agroindustrial, por ser cada vez menos rentável e estar sujeita a condicionantes que outras fileiras económicas não possuem, ajuda a encontrar um interior vazio de pessoas. As restrições e as dificuldades por que passam vão ao ponto de, enquanto escrevo estas linhas, haver agricultores e criadores de gado que, por terem conduzido manifestações pacíficas em 2024, estarem a ser alvo de processos-crime, levando-os a deixar a sua atividade profissional, votando ainda mais ao abandono um interior já de si esquecido.
A Natureza tem horror ao vazio, e é obrigação dos decisores garantir as condições para que o vazio não caracterize o nosso território.
Ao longo deste verão, os incêndios lavraram em diversos distritos. Enaltece-se a coragem e a abnegação dos bombeiros no combate a esse flagelo, mas não podem ficar sozinhos nesta luta.
As Forças Armadas como agentes da proteção civil têm desempenhado um papel fulcral na prevenção, vigilância, combate e rescaldo dos incêndios. Mais de 6 mil efetivos dos três Ramos foram já empregues este ano.
É certo que, constitucionalmente, a Missão Primária das Forças Armadas é a da Defesa Militar da República. Porém, desde que devidamente treinados, equipados e enquadrados, numa estrutura de comando clara e simples, os nossos militares cumprirão essa tarefa, que é também de defesa do território, da propriedade e da vida dos nossos compatriotas.
É, no meu entendimento, na estrutura de comando e controlo da proteção civil que é urgente mexer. Uma orgânica que dilui responsabilidades, distribuindo diversos níveis de autoridade por diferentes agências e entidades, nunca será uma estrutura funcional e porá em risco todos os que se encontram no teatro de operações.
Militares, bombeiros, membros das forças de segurança, e tantos outros, necessitam de estar equipados, treinados e de ser comandados com clareza e competência.
Não tenho dúvidas que o soldado, o militar da GNR e o bombeiro português são dos melhores do mundo e na defesa do seu torrão natal são os mais abnegados e corajosos. É obrigação dos decisores políticos dar-lhes condições para que conduzam os seus combates de forma eficaz e segura.
No dia 25 de setembro, a Assembleia da República, preferiu refugiar-se em recomendações e em grupos de trabalho em vez de agir de imediato. Não foi um bom dia para Portugal!
Creio que é óbvio para todos nós que quanto mais despovoado estiver o território, mais facilmente será alvo de qualquer calamidade. O abandono do interior por aqueles cuja atividade económica assenta na fileira agroindustrial, por ser cada vez menos rentável e estar sujeita a condicionantes que outras fileiras económicas não possuem, ajuda a encontrar um interior vazio de pessoas. As restrições e as dificuldades por que passam vão ao ponto de, enquanto escrevo estas linhas, haver agricultores e criadores de gado que, por terem conduzido manifestações pacíficas em 2024, estarem a ser alvo de processos-crime, levando-os a deixar a sua atividade profissional, votando ainda mais ao abandono um interior já de si esquecido.
A Natureza tem horror ao vazio, e é obrigação dos decisores garantir as condições para que o vazio não caracterize o nosso território.
Ao longo deste verão, os incêndios lavraram em diversos distritos. Enaltece-se a coragem e a abnegação dos bombeiros no combate a esse flagelo, mas não podem ficar sozinhos nesta luta.
As Forças Armadas como agentes da proteção civil têm desempenhado um papel fulcral na prevenção, vigilância, combate e rescaldo dos incêndios. Mais de 6 mil efetivos dos três Ramos foram já empregues este ano.
É certo que, constitucionalmente, a Missão Primária das Forças Armadas é a da Defesa Militar da República. Porém, desde que devidamente treinados, equipados e enquadrados, numa estrutura de comando clara e simples, os nossos militares cumprirão essa tarefa, que é também de defesa do território, da propriedade e da vida dos nossos compatriotas.
É, no meu entendimento, na estrutura de comando e controlo da proteção civil que é urgente mexer. Uma orgânica que dilui responsabilidades, distribuindo diversos níveis de autoridade por diferentes agências e entidades, nunca será uma estrutura funcional e porá em risco todos os que se encontram no teatro de operações.
Militares, bombeiros, membros das forças de segurança, e tantos outros, necessitam de estar equipados, treinados e de ser comandados com clareza e competência.
Não tenho dúvidas que o soldado, o militar da GNR e o bombeiro português são dos melhores do mundo e na defesa do seu torrão natal são os mais abnegados e corajosos. É obrigação dos decisores políticos dar-lhes condições para que conduzam os seus combates de forma eficaz e segura.
No dia 25 de setembro, a Assembleia da República, preferiu refugiar-se em recomendações e em grupos de trabalho em vez de agir de imediato. Não foi um bom dia para Portugal!

