Este é um evento desportivo de airsoft, orientação e sobrevivência que recria forças especiais designadas de Patrulhas de Grande Raio de Ação (LRRP) num total de 20 equipas compostas até 6 elementos. Estas equipas irão desempenhar missões “undercover” de orientação e navegação no terreno com recurso a carta militar, bússola e coordenadas UTM, navegando e fazendo reconhecimento no cenário natural da floresta montanhosa de Belazaima do Chão.
Os elementos destas “patrulhas” estarão equipados com material de camuflagem e sobrevivência em terreno hostil e réplicas de airsoft que disparam por ação pneumática bolas de PVC biodegradável de 6mm.
É proibido fazer qualquer tipo de fogo pelo que as refeições serão refeições prontas adequadas para militares.
Os participantes serão “vigiados” em tempo real pela app ARES ALPHA de forma em que a organização saiba sempre a sua localização. Haverá algumas viaturas todo o terreno disponível para qualquer apoio necessário.
A receção aos jogadores será efetuada na Associação Desportiva Recreativa Cultural Carqueijo, na freguesia de Barrô, sendo depois transportados para área da prova desportiva.
A prova desportiva terá uma duração ininterrupta de 28 horas, das 8 horas de sábado até às 12 horas de domingo, pelo que haverá movimentação de “patrulhas” durante a noite.
O Airsoft nasceu aproximadamente há 40 anos no Japão, tendo-se espalhado por todo o mundo. Em Portugal começou a praticar-se nos anos 90, sofrendo uma forte expansão no início de 2000. É um desporto onde se usam réplicas de armas verdadeiras à escala de 1:1, que por ação pneumática disparam bolas de 6mm de plástico biodegradável, designadas de BB’s (tipo paintball mas sem tinta), sendo
descrito como um desporto de simulação militar em que é utilizado todo o tipo de vestuário e equipamento tácito, desde camuflados, coletes táticos, camuflagem, rádio, binóculos, bússolas, GPS, mochilas, etc.
Neste jogo tático simulam-se operações militares, em ambiente urbano ou na natureza. Os objetivos de jogo podem ser os mais variados desde eliminar todos os adversários da equipa contrária, ou conseguir “roubar” a bandeira da base adversária, até jogos mais elaborados de 3 ou 4 dias com 2 ou mais facões, veículos militares e mais de 500 participantes.
Apresenta características de desportos como o montanhismo, geocaching, bushcraft e orientação, fortalecendo a coordenação de movimentos, a capacidade de orientação e o espírito de entreajuda e amizade entre os jogadores.
Devido à parecença das réplicas de airsoft com armas verdadeiras em Portugal, o Airsoft foi introduzido na “Lei das Armas” Lei n.º 5/2006, de 23 de fevereiro.
A EQUIPA MAD DOGS
Os MAD DOGS são uma equipa desportiva amadora fundada em 2013 que integra elementos dos concelhos de Ílhavo, Vagos, Aveiro e Águeda. Dedica-se à prática do airsoft e nos últimos anos tem realizado eventos anuais de nível nacional.
Do valor global do orçamento da Junta de Freguesia presidida por Albano Abrantes, cerca de 249.160 euros serão direcionados para despesas correntes, com destaque para a alocação de 116.890 euros para despesas com o pessoal.
O investimento previsto é de 177.758 euros e será aplicado em diversas iniciativas de requalificação e melhoria de infraestruturas da freguesia.
De acordo com o autarca, que inicia o último ano do seu terceiro e por isso derradeiro mandato consecutivo como presidente da Junta de Aguada de Cima, um dos principais objetivos para 2025 prende-se com a requalificação do salão da Junta de Freguesia. “O objetivo é melhorar as condições do espaço, criando um ambiente mais confortável e digno para as associações e a população em geral”, referiu.
A conclusão da requalificação do rio é outro dos objetivos, envolvendo toda a área do mesmo, bem como a requalificação do espaço traseiro da sede da Junta. “Esta intervenção visa proporcionar um espaço mais funcional”, destacou o presidente da Junta.
Prevista está também a requalificação de uma habitação nas Almas da Areosa. “A intenção é destinar esta habitação para fins de alojamento social, contribuindo para a inclusão e bem-estar da população”.
As obras de saneamento em Bustelo e Aguadalte é igualmente salientada pelo presidente da Junta. “Embora não seja de competência direta da Junta, o executivo considera esta obra fundamental para melhorar as condições de vida e higiene da população dessas áreas, com o compromisso de também trabalhar para a execução do mesmo no Vale Grande”, referiu Albano Abrantes.
O valor global do orçamento é de 351.206,25 euros para o corrente ano, considerado “atípico” para a União de Freguesias de Barrô e Aguada de Baixo, “já que se prevê a desagregação das duas freguesias”.
O executivo liderado por João Pitau tem como objetivo a execução de obras que “contemplam o bem comum, como a melhoria de cemitérios e de zonas de lazer”. O autarca referiu: “Neste momento estamos a analisar e a ponderar o que pretendemos executar, já que o tempo para o fazer não será muito e todos estes processos exigem a sua parte burocrática entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal”.
Adiantou João Pitau que, “certamente não aplicaremos o valor do contrato anual numa obra só, pois além do pouco tempo de execução, daremos prioridade a finalizar pequenas obras que se encontram em aberto. Contudo, está em estudo a substituição do telhado do edifício da Junta em Aguada de Baixo, tendo o executivo recebido já luz verde no apoio às obras por parte da Câmara Municipal”.
João Pitau finaliza este ano o seu primeiro mandato como presidente da Junta, sendo que esta semana deverá acontecer a votação final para a desagregação das duas freguesias.
A remodelação permitirá enquadrar os espaços às necessidades atuais, impermeabilizar e dar conforto térmico. A obra decorre com financiamento direto da Câmara.
Além desta obra, ao executivo presidido por Nuno Cardoso pretende proceder à requalificação do parque fluvial de Bolfiar (cerca de 20 mil euros de investimento previsto), na construção de um espaço de lazer na urbanização Souto Rio (12 mil euros) e na requalificação de um ponto de peregrinos em Paredes (5 mil euros). De acordo com o autarca, a obra no parque de Sardão “está prestes a ser concluído”, num investimento de 17.225 euros. Para 2025, “está em vista a aquisição de uma nova carrinha” pela Junta.
Nuno Cardoso adiantou que a obra no largo Nossa Senhora da Graça, em Assequins, está adjudicada pela Câmara. “A Junta mostrou o maior interesse nesta intervenção desde a primeira hora”.
Deste valor global, uma parte substancial – pouco mais de 200 mil euros – refere-se aos custos com o pessoal, sendo certo que, face à dimensão geográfica do seu território, “a Junta de Freguesia necessita de ter ao seu dispor um quadro de pessoal capaz de responder às inúmeras necessidades e solicitações, designadamente com a questão da limpeza de passeios e valetas à cabeça”. O presidente da autarquia, Manuel José Campos, frisou a SP que “estes trabalhos, por opção da Junta de Freguesia, de há vários anos a esta são executados através de meios mecânicos, evitando o recurso a herbicidas”.
Para além das despesas correntes, com o funcionamento da autarquia, em 2025 a Junta de Freguesia tem previsto um valor que ronda os 200 mil euros em investimentos, com destaque para as obras do Parque de Lazer do Passal a absorverem a maior fatia – cerca de 120 mil euros –, a que acrescem depois o valores orçamentados para a realização de obras de requalificação nos edifícios sede da Junta de Freguesia, em Recardães e em Espinhel, e na requalificação de vários caminhos agrícolas da freguesia. Neste caso, “de forma a responder aos anseios da população acerca desta preocupação”.
Manuel José Campos destaca igualmente “a previsão orçamental para as medidas de apoio à natalidade e à aquisição de material escolar no início do ano letivo, na medida em que são programas nos quais esta Junta de Freguesia foi pioneira no concelho de Águeda”. Estes apoios “destinam-se a apoiar diretamente as pessoas, sabendo de antemão que, em algumas situações, este apoio é extremamente importante” - considerou o autarca.
A grande parte do orçamento da autarquia destina-se a gastos com o pessoal (418.625,05 euros), sendo que as receitas de capital, que definem a capacidade de investimento da Junta, ascende aos 96.530 euros.
Para Filipe Falcão, presidente da Junta de Freguesia, um dos principais investimentos previstos para 2025 passa pelo alargamento do cemitério de Valongo do Vouga com a construção de novas sepulturas e columbários.
A par desta obra, a Junta projeta para este ano a aquisição de triturador para sobrantes de pequenas podas, recuperação de zona pedonal e novos equipamentos para o parque infantil do Vale das Figueiras.
Está ainda prevista uma intervenção de recuperação em caminhos vicinais por toda a freguesia, bem como a preparação e planeamento de projeto para alargamento da unidade de saúde.
Dando continuidade ao trabalho que tem vindo a ser efetuado no parque da Boiça, na Aguieira, a Junta de Freguesia conta realizar atividades formativas em laboratório de rios e na Casa dos Rios.
Recentemente equipada com material multimédia, a Casa dos Rios está preparada para iniciativas de caráter pedagógico. A zona ribeirinha da Aguieira tem sido alvo de investimento regular nos últimos anos.
Relativamente às obras propostas pela Junta de Freguesia ao Município de Águeda, “foram colocadas à consideração”pelo executivo de Paulo Tavares investimentos estimados em 150 mil euros.
O autarca referiu a SP as seguintes intervenções, que dependem de acordos interadministrativos entre a Junta e a Câmara: na Trofa, construção de muro e armazém na Rua do Rego, pintura do cemitério e emanilhamento de águas na Travessa da Nogueira; em Mourisca do Vouga, demolição de casa, alargamento e construção de lugares de estacionamento na Rua 25 de Abril, demolição de muro e alargamento na Rua do Barril e requalificação do Largo de Santo António; em Lamas do Vouga, pintura do cemitério, melhoramento do campo desportivo, arranjo de muro na Rua 25 de Abril e construção de lugares de estacionamento na Rua 25 de Abril; em Segadães, obras de manutenção no edifício da Junta, intervenção para melhoramento no Parque da Ínsua e manutenção de caminhos agrícolas.
Pedro Marques vai para o último ano do seu terceiro e último mandato como presidente da Junta de Freguesia de Macinhata do Vouga. O autarca conta concluir a requalificação da sede da Junta, que inclui a construção de um auditório, e que seja aprovada pelo IHRU - Instituto de Habitação Reabilitação Urbana a candidatura que visa requalificar as seis casas do bairro de habitação social.
Esta candidatura “está em fase de aprovação”, de acordo com Pedro Marques, que espera ver iniciado o investimento ainda em 2025. Por isso, a verba está contemplada no orçamento da Junta deste ano como “condição” para a intervenção poder avançar logo após a respetiva aprovação. A urgência da obra é sentida pelo “estado avançado de degradação” daquelas habitações.
A receita corrente da Junta para 2025 atingirá os 309.172,02 euros, suportando uma despesa corrente de 301.409,02 euros, destinada ao funcionamento da autarquia. Já a despesa de capital, destinada a investimentos, ascenderá a 441.100 euros, com a “fatia de leão” destinada aos dois investimentos prioritários.
“Em termos relativos verifica-se neste orçamento que a receita corrente representa 41,64% da receita total”, avaliou Pedro Marques, que relativamente à componente da despesa referiu que “o peso relativo das despesas correntes fixa-se nos 40,59% da despesa total”.
Recorde-se que para 2025 a Câmara de Águeda tem previsto avançar com a ampliação e requalificação do núcleo museológico de Macinhata do Vouga, depois de já ter adquirido os terrenos necessários. Em 2024, o museu bateu o recorde de visitantes, que ultrapassaram os 12 mil, sendo certo que esta é a unidade museológica do concelho de Águeda mais visitada, como reforçou Pedro Marques.
De entre as obras que o executivo presidido por Carlos Lemos tem para o ano de 2025, destacam-se a conclusão da requalificação da margem da Pateira - o projeto Eco Pateira -, bem como o início da requalificação do auditório da Senhora da Saúde.
Esta obra, já Carlos Lemos havia anunciado no Dia da Freguesia, celebrado no salão do Centro Paroquial de Fermentelos no dia 1 de dezembro, como SP noticiou.
A Junta de Fermentelos pretende ainda proceder à colocação de aparelhos geriátricos, desportivos e infantis na margem da Pateira, na sequência da valorização daquele espaço.
O autarca anunciou o propósito de “envidar todos os esforços” para a criação da Unidade Local de Proteção Civil, a exemplo do que acontece noutras freguesias do concelho, como Belazaima do Chão, Castanheira do Vouga, Préstimo, Valongo do Vouga e Macinhata do Vouga.
A substituição do telhado do edifício da Junta de Freguesia é outro dos objetivos para o último ano de mandato, bem como a construção de uma zona restrita no cemitério para homenagens aos antigos Combatentes da Guerra e/ou Associações e a continuação da ampliação do cemitério.
Por parte da Câmara Municipal de Águeda, deverá de ser lançado o terceiro concurso público para a requalificação do centro da freguesia, entre o Largo do Carvalhal, Largo do Cruzeiro até a Rotunda da Fonte do Roque - tal como anunciou o presidente da Câmara, Jorge Almeida, no Dia da Freguesia.
D. Álvaro da Cunha era filho da Rainha Dna Leonor Teles, do seu primeiro casamento com D. João Lourenço da Cunha, casamento anulado por D. Fernando que se “enfeitiçou” por ela. Casal d’Álvaro ganha peso político por Álvaro da Cunha estar ligado ao novo Rei de Portugal, D. João I, Mestre de Avis. Os descendentes de Álvaro continuam ligados a esta terra durante várias gerações.
Em 1519, Casal d’Álvaro adquire um Foral, que lhe granjeia um estatuto considerável. Durante séculos, foi concelho e vila. Casal d’Álvaro tinha a sua importância política, mas não tinha peso eclesiástico, pois não possuía Igreja, nem sequer capela. Tinha uma vida normal daquele tempo, sem a dimensão religiosa. A capela foi construída apenas no século XVII. A padroeira escolhida foi Nª Sª da Conceição, que naquela altura já tinha sido proclamada padroeira de Portugal, por D. João IV, depois da restauração da Independência a 1 de dezembro de 1640.
No século XVII, através dum casamento, as terras dos Cunhas passam para a família Castelo Branco, que as menospreza, e inicia-se uma gradual decadência.
Chegamos ao século XIX, um século cheio de conflitos em Portugal. Em 1826, D. João VI morre e começa a luta entre os irmãos D. Pedro IV, que defendia o liberalismo e a soberania do povo, e D. Miguel, que defendia um reino absolutista. Esta luta origina a Guerra Liberal, que acaba em 1834, com a vitória dos Liberais. As cortes confirmam a regência de D. Pedro IV, mas ele morre um mês depois, e sobe ao trono a sua filha, Dna Maria II. É neste reinado que, em 1835, o liberal Mouzinho da Silveira quer transformar a velha sociedade senhorial na nova sociedade que se exigia neste século, e implementa uma reforma, concluída por Passos Manuel. Muitos concelhos são extintos. Casal d’Álvaro perde o estatuto de concelho, no decreto de 7 de agosto de 1835. O concelho de Águeda nasce nesta altura, é um produto do liberalismo. Perto do século XX, Casal d’Álvaro volta a perder mais um estatuto, deixa de ser vila e passa a aldeia.
DA BANDA DE ÁGUEDA, O ABRAÇO À MÚSICA DOS ALVARENSES
João Tavares Lavoura, meu bisavô, nasceu em 1834, quando a sua terra ainda era concelho e vila e, ao longo da vida, foi vendo a sua querida vila a perder a sua importância.
É por esta altura, nos primeiros anos do século XX, que surge a oportunidade de Casal de Álvaro voltar a ter uma luz de outrora.
João Gonçalves, natural de Bragança, músico reformado da Banda Militar do Porto, onde chegou a contramestre, era maestro da “Música d’Águeda”, no início do Séc. XX. Este maestro comungava dos ideais republicanos, que ganhavam cada vez mais adeptos em todo o território nacional.
A Música d’Águeda tinha como patrono o Conde de Águeda, monárquico do partido Progressista. Eles entram em conflito e, nos primeiros meses do ano de 1905, João Gonçalves sai da Banda d’Águeda. Conhecendo as características dos alvarenses, pergunta a António Pires de Carvalho, um dos alvarenses que tocava na Banda d’Águeda, se queria formar uma “Música” na sua terra. António Pires de Carvalho, também conhecido por António d’Oliveira e por António d’Almeida, disse-lhe que ia falar com o seu pai, Manuel Pires de Carvalho, que tinha uma casa enorme e podia hospedar o maestro sempre que necessário.
A ideia da formação da “Música” foi abraçada pelos alvarenses pois, além da riqueza da instrução musical, levaria o nome de Casal d’Álvaro por essas terras fora, restituindo, de algum modo, o orgulho alvarense. O maestro João Gonçalves teve um papel central, pois possuía instrumentos, o que permitiu à banda iniciar a sua atividade, enquanto ia adquirindo instrumental próprio. A criação da banda foi assegurada por várias pessoas, sobretudo pelas famílias Pires de Carvalho, Tavares Camelo e Fernandes, que estavam interligadas.
NOTÁVEIS AGUEDENSES
PROTETORES DA ALVARENSE
Vários notáveis aguedenses surgem de imediato como protetores da filarmónica alvarense, como o Dr. Eugénio Ribeiro, Manuel Bento Camossa, Francisco Caldeira, Armando Castela, entre outros. No ano anterior, em 1904, estes amigos tinham fundado o jornal Independência d’Águeda, que congregava várias sensibilidades políticas opostas aos progressistas aguedenses. A partir de 1908, o Dr. Eugénio Ribeiro passa a diretor, proprietário e editor, e o jornal assume-se como Semanário Republicano. Através deste jornal, Casal d’Álvaro passa a ter notoriedade, com a divulgação regular dos correspondentes alvarenses. O Dr. Eugénio Ribeiro tinha uma ligação próxima a Casal d’Álvaro, pelas afinidades ideológicas e pelos laços familiares, pois um meio-irmão morava nesta terra, Jeremias de Pinho.
Consta que a primeira lição de música foi dada no dia de S. João e que a reunião onde se decidiu a fundação foi a 25 de agosto. A primeira vez que a filarmónica saiu à rua, aqueles músicos que já saberiam tocar, foi no dia 1 de Dezembro desse ano, a tocar o Hino da Restauração pelas ruas de Casal d’Álvaro. No final de dezembro, a “Música” já tinha 27 elementos. A partir de 1906, é requisitada para tocar nas romarias da região, tendo bastante sucesso.
A banda nasce em 1905, mas apenas foi legalizada em 1910, através da Escritura de “Sociedade Particular Industrial para o Estudo e Execução de Música”, onde descreve os 21 músicos-sócios: 16 moravam em Casal de Álvaro, 2 em Travassô, 1 em Cabanões, 1 em Espinhel e 1 em Oronhe.
A escritura foi elaborada a 7 de abril de 1910, em casa de João Tavares Lavoura, que era pai de três músicos-fundadores, Joaquim Tavares Camelo, António Tavares Camelo e Amândio Tavares Camelo, todos republicanos, tal como a família Pires de Carvalho e boa parte dos alvarenses.
A bandeira da Banda Alvarense é toda vermelha por ser a cor da República. Nesta altura, Joaquim Tavares Camelo, fundador da Banda Alvarense e, mais tarde, da Banda 12 de Abril, estava emigrado no Brasil e, em 1915, envia uma notícia do Rio de Janeiro para o jornal Independência d’Águeda, onde podemos sentir o fervor patriótico dos alvarenses.
A ZANGA QUE DEU EM DEBANDADA
Por limitação financeira, o maestro Gonçalves deixa de dirigir a Música de Casal d’Álvaro em 1910. Ludgero Pinheiro, um dos clarinetistas da Alvarense, natural de Travassô, assume a regência e a banda começa a atrair mais rapazes de Travassô, de Cabanões e Óis da Ribeira.
E chegamos a 16 de Outubro de 1924. Numa festa em Espinhel, origina-se uma zanga e 14 músicos abandonam a Alvarense. A filarmónica passa um mau bocado, pois ficou sem esses músicos, nomeadamente o maestro, e sem os instrumentos, que os tinham levado consigo. Mas a Alvarense dá a volta. Com a sua força de vontade, o seu talento musical e com o apoio dos amigos da região, nomeadamente Manuel Tavares de Carvalho, que estava na América e organizou um peditório, rapidamente se apresentou com todo o seu brilho musical.
As razões da cisão, ninguém poderá afirmar com certeza. Podemos levantar hipóteses, mas serão apenas hipóteses.
Uma coisa é certa, Águeda ficou a ganhar com mais uma banda, que engrandeceu culturalmente o concelho. São filarmónicas com motivações, filosofias e estéticas próprias. Enquanto neto e sobrinho-neto de fundadores das duas bandas, desejo as maiores felicidades para a Orquestra Filarmónica 12 de Abril. Para a Sociedade Musical Alvarense, que continuem a honrar os fundadores desta gloriosa banda, tocando daquela maneira especial, como tão bem sabem.
TIAGO TAVARES ABRANTES
Começa às 10 horas no cimo do lugar de Talhadas, com a encenação bíblica do encontro dos Anjos, Pastores e Reis Magos. Depois, dá-se o encontro deste no Palácio de Herodes, seguido de eucaristia na igreja, finda a qual procede-se ao tradicional leilão das oferendas.
A tradição remonta aos anos 40 do sécXX, quando rapazes e raparigas iam de porta em porta pela freguesia e todos os produtos oferecidos eram levados pelas pastorinhas e leiloadas. Hoje, o cortejo continua com os mesmos objetivos, embora o pároco José Carlos Lopes valorize sobretudo a harmonia e estabilidade emocional do povo, pois as obras na igreja vão sendo feitas com ofertas regulares das pessoas.
ANTÓNIO AFONSO
O executivo liderado por Sérgio Neves conta com um orçamento de 304.387,82 euros para este ano, sendo que o maior custo corrente é a despesa com o pessoal da Junta.
Relativamente ao plano de atividades, além da nova escola a construir - inscrita nas opções do plano da Câmara Municipal para 2025 -, a Junta de Freguesia espera ainda que se iniciem as obras da construção de habitação social em Travassô e em Óis da Ribeira. Neste caso, e na sequência de candidaturas apresentadas ao IHRU - Instituto de Habitação Reabilitação Urbana, estão enquadrados o edifício da CERCIAG e casa propriedade da Junta na rua Adolfo Pires dos Reis.
O alargamento da rua Benjamim Soares de Freitas em Óis da Ribeira, a intervenção no Parque da Pateira de Óis da Ribeira e a ligação entre Óis da Ribeira e Requeixo são objetivos que Sérgio Neves referiu a SP.
“Consideramos ainda em matéria de eventos que o ano 2025 ficará marcado pelo centenário da Orquestra Filarmónica 12 de Abril, com a consumação da geminação com a freguesia de Amiais de Baixo e pela maior edição de sempre da Feira do Mundo Rural”, referiu o presidente da Junta, contactado por SP.
Em declarações a SP, Jorge Melo referiu que quando assumiu funções se deparou “com uma situação complexa: irregularidades graves na gestão técnica e iminente falência financeira da IPSS. Tratando-se, portanto, de um fardo pesadíssimo, para quem tinha iniciado o mandato há tão pouco tempo, este contexto exigiu de todos nós, determinação e resiliência para ultrapassar os obstáculos”.
O presidente cessante do CASAS recordou que “no decorrer da primeira reunião com o Sr. Diretor da Segurança Social de Aveiro, fomos informados da intenção da Segurança Social de fechar a IPSS, no seguimento de uma inspeção feita pela Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Coimbra em 2018, que identificou irregularidades muito graves”.
As situações “foram resolvidas de imediato, com rigor e responsabilidade no apuramento de responsabilidades”.
TRÊS OBJETIVOS PRINCIPAIS DO MANDATO
A direção de Jorge Melo concentrou os seus “esforços” em “três objetivos principais”: “estabilizar financeiramente a instituição, garantir o cumprimento dos normativos legais e resgatar a credibilidade do CASAS junto da comunidade”.
A nível financeiro, a instituição enfrentou “seis anos consecutivos de contas negativas que ameaçavam a sustentabilidade e continuidade da instituição. Com medidas rigorosas, conseguimos corrigir desvios, ajustar contratos e reduzir despesas, sem comprometer a qualidade dos serviços”.
Segundo Jorge Melo, “encontramos o CASAS refém de poderes instalados, que nos obrigou de forma persistente a combater e dissuadir o laxismo enraizado nos recursos humanos, procurando incessantemente o profissionalismo eficiente. Ao longo destes quatro anos, foi necessário implementar mudanças significativas, muitas vezes enfrentando resistências naturais à transformação”.
Entre “situações muito graves e delicadas”, o dirigente referiu o procedimento obrigatório a indemnizações e compensações à ordem dos 18 mil euros. “No entanto, deixamos um quadro de funcionários com as qualificações formativas e profissionais adequadas às funções exercidas, e em situação contratual estável, eliminando assim a precariedade da IPSS”.
A reorganização administrativa do CASAS foi conseguida com a “restruturação dos seus estatutos, criação de regulamentos internos de Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Convívio, manual de receção do colaborador, contratos de trabalho e adendas aos já existentes, elaboração e implementação de perfis funcionais, seguro de responsabilidade civil, fichas de inscrição e gestão de sócios, políticas de gestão e preservação de dados pessoais, regularização do HCCP, formação e medicina no trabalho, contratos de prestação de serviços a utentes, tudo de acordo com a lei em vigor, que teve um valor de assessoria jurídica superior a 4 mil euros”.
Adiantou ainda que “foram ainda feitas obras de manutenção e restauro do edifício, correção de infiltrações, resolução do sistema de saneamento, colocação de um depósito e sistema de bombagem de água de 3 mil litros, modernização da cozinha através da aquisição de um fogão, esquentador, fritadeira, forno, máquina de lavar loiça, placa de grelhar e EPI e fardamento”.
A modernização de todo o sistema informático, como “rede interna, computadores, impressoras e criação de uma nova imagem da IPSS”, representou uma “despesa superior a 10 mil euros”. Registou ainda o “início de um ciclo de modernização, que incluiu o processo de descarbonização e a aquisição de uma viatura 100% elétrica, totalmente paga, simbolizando o compromisso com a sustentabilidade no valor de 36 mil euros”.
CONTAS POSITIVAS EM 2024
De acordo com o diagnóstico feito pela direção de Jorge Melo, as “despesas excessivas e um pouco descontroladas, associadas a receitas que não foram ajustadas, nomeadamente os contratos de prestação de serviços”, resultou “numa estimativa de perdas acumuladas e prolongadas na última década superiores a 150 mil euros”, exigindo “uma intervenção criteriosa para garantir a sustentabilidade da instituição”.
Ter cuidado e critério nas despesas não significou diminuição de qualidade nos serviços prestado, segundo Jorge Melo, que falou num processo que se revelou “complexo”, por exigir “tempo e sensibilidade”, especialmente devido à “necessidade de rever as mensalidades pagas pelos usuários”.
O presidente cessante referiu com “grande satisfação” que “embora o fecho do ano e o relatório de contas estejam previstos para março, os dados preliminares do gabinete de contabilidade indicam que as contas de 2024 apresentam, pela primeira vez em vários anos, um saldo positivo”.
Durante os quatro anos do mandato, a instituição “foi alvo de várias inspeções por diferentes entidades, incluindo 4 da ASAE, 1 do delegado de saúde, 3 da Segurança Social, 2 da ACT, 2 da GNR e 1 da Câmara Municipal, além de 5 notificações sindicais. Estas situações, muitas vezes motivadas por denúncias infundadas, exigiram um esforço adicional sem que, em nenhum momento, fossem identificadas irregularidades ou não conformidades relevantes”.
A IMPORTÂNCIA DOS MECENAS
No decorrer destes quatro anos, o CASAS contou com “ajuda de alguns mecenas”, que contribuíram “na aquisição do fardamento das colaboradoras e nos ofereceram as 9 placas de toponímica para melhor identificação da IPSS, todas elas autorizadas e colocadas pela Câmara, que curiosamente depois desapareceram”.
Neste período de tempo, o CASAS “recebeu de apoio financeiro 3 211,78€ (apoio aquisição viatura) da Câmara; da Junta de Freguesia zero euros, que procurou fazer desta direção o bode expiatório da sua falta de vontade de ajudar o CASAS” - afirmou Jorge Melo.
Para o futuro, de acordo com o dirigente, “ficam sementes muito importantes, nomeadamente a possibilidade de ampliar o serviço de apoio domiciliário para 40 utentes, através da candidatura a um PRR, com o projeto já aprovado”. Será “integralmente pago pelo CASAS, no montante de 13 mil euros, através requalificação do edifício das escolas primárias, cedido ao CASAS pela Câmara, num contrato de comodato de 30 anos, que engloba todos os edifícios das escolas e o respetivo parque de estacionamento, facilmente comprovado através da documentação assinada pelas partes”.
Para Jorge Melo, “estes projetos reforçam o compromisso do CASAS para com a comunidade local e a sua missão social”. O presidente cessante da instituição falou “orgulhosamente” em “quatro anos mais desafiantes” da sua vida, com “uma desvinculação política, uma mudança de trabalho, a matrícula e conclusão de uma licenciatura, a inscrição no mestrado, gestão de uma empresa pessoal e muito especial e honrosamente a direção da IPSS CASAS”, de onde sai “como” entrou, “por iniciativa própria” e com o “forte sentimento de dever cumprido”.
“Estas jornadas têm como objetivo continuar o trabalho de plantação de árvores e arbustos autóctones, em especial em contexto de adensamento”, referiu o presidente da associação, Jorge Morais. Além disso, acrescentou, “serão dedicados cuidados às árvores nativas plantadas em anos anteriores ou regeneradas naturalmente, contribuindo para a preservação e valorização das florestas nativas da região.
As Jornadas Voluntárias de Inverno são nos dias 4 e 18 de janeiro, 1 e 15 de fevereiro e 1 e 15 de março. “Convidamos todos os interessados a participar nesta importante iniciativa de recuperação ecológica e paisagística na região”, apelou o dirigente. A ACS é uma ONG de ambiente com sede no Feridouro. A sua criação em 2019 deu continuidade ao Projeto Cabeço Santo.
A Junta de Freguesia de Fermentelos homenageou Carlos Nolasco, ex-presidente da autarquia, no Dia da Freguesia. Na ocasião, Carlos Lemos anunciou que as obras do auditório vão avançar e Jorge Almeida garantiu que a primeira obra de regeneração urbana feita numa freguesia de Águeda vai ser o centro urbano da vila.
O Dia da Freguesia foi assinalado no domingo em Fermentelos, excessionalmente em simultâneo com a festa do padroeiro, Santo André. O salão paroquial foi, desta vez, o local do espetáculo - pelo Rancho Folclórico e Etnográfico de Fermentelos e pela Banda Nova de Fermentelos - e da cerimónia oficial do evento.
A Junta de Freguesia atribuiu este ano o “voto de louvor e reconhecimento” a Carlos Nolasco, que cumpriu três mandatos como secretário e dois como presidente da autarquia. Um “Fermentelense de gema”, como foi sublinhado, presente ativamente em várias associações locais e que nunca se desligou da sua terra enquanto foi emigrante na Venezuela...
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