Carlos Barbosa anunciou os contornos da 58.ª edição do Rali de Portugal, que vai para a estrada entre 15 e 18 de maio. A base operacional vai manter-se na Exponor (Matosinhos), onde se vão concentrar a direção da prova, as marcas e os pilotos.
“Depois do Shakedown em Baltar, Paredes, a partida volta a ser dada em Coimbra e o primeiro dia acaba com uma super especial urbana na Figueira da Foz”, referiu o presidente do Automóvel Club de Portugal.
Na sexta-feira, dia 16 de maio, os pilotos vão fazer uma dupla passagem nos troços da Lousã, Góis, Arganil e Mortágua, seguindo-se os troços Águeda/Sever do Vouga e Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha, que assim “fazem a sua estreia” no WRC Vodafone Rally de Portugal.
Soberania do Povo (SP) adiantava, na sua esição de 27 de novembro, que o Rali de Portugal iria ter classificativa nas “serras queimadas de Águeda” e que “Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha” estavam “também abrangidos”, sublinhando a “congregação de vontades” dos três municípios e as negociações “bem encaminhadas” para a concretização das duas classificativas.
O Rali de Portugal prossegue no sábado com o regresso a Vieira do Minho, seguido de dupla passagem em Cabeceiras de Basto e Amarante, finalizando a jornada no “renovado eurocircuito de Costilha, em Lousada”.
No domingo, dia 18 de maio, as decisões finais estão reservadas para os troços de Paredes, Felgueiras e Fafe.
O programa das celebrações começa a 6 de fevereiro com a peça “Concerto em Só”, onde uma orquestra se vê reduzida a um só elemento, que nem é bem músico. Dois dias depois, no sábado, é apresentado “La Jetée”, um filme concerto onde Filipe Melo e João Pereira recriam o universo sonoro da emblemática obra do realizador Chris Maker. A narração está a cargo da atriz Beatriz Batarda. Passando para a música, na noite de 13, há o café-concerto com João Couto e a 15 de fevereiro, Ana Moura regressa ao Cineteatro Alba com uma nova musicalidade, mais plural, que ficou bem espelhada no disco “Casa Guilhermina”. O concerto assinala ainda as comemorações dos 190 anos da Fundação do Concelho. No dia seguinte, pelas 18h00, será exibido o clássico de 1947, “Inconquistáveis”, com Gary Cooper e Paulette Goddard.
O teatro regressa a 22 de fevereiro com a comédia “Tenho um papel para ti”. Ana Guiomar, Sílvia Rizzo, Carlos M. Cunha e Eduardo Madeira são os atores que, apenas no próprio dia, terão acesso ao texto que deverão representar em palco. Como é que se irão safar?
Nas noites de 6, 13 e 20 de fevereiro, antes dos espetáculos no Café-Concerto, vão ser dinamizadas três visitas performativas – encenadas, musicadas e dançadas – que propõem um novo olhar e um roteiro criativo pelos diferentes espaços do Cineteatro Alba. Neste percurso, será ainda possível admirar os novos elementos da Exposição Permanente 1950 – 2025, que englobará momentos chave dos últimos 75 anos.
PROPOSTAS PARA O TRIMESTRE
No primeiro trimestre de 2025, além do programa das comemorações dos 75 anos do Cineteatro Alba, o público pode contar com uma grande variedade de espetáculos contemplando as várias artes performativas. No circo contemporâneo, “Pay(i)sage(n)s”, de João Paulo Santos sobe ao palco da Sala Principal na noite de 25 de janeiro apresentando uma variação do mastro chinês em três quadros que contam a história do tempo que passa pelas paisagens.
Na música, os destaques vão para “Jazz’art com… Mário Laginha” a 30 de janeiro, onde os alunos da art’J – Escola Profissional de Artes Performativas da Jobra irão atuar com um dos maiores nomes do jazz nacional, Mário Laginha. Mais um exemplo de colaboração artística será a 8 de março com a Orquestra Filarmonia das Beiras e os alunos dos Cursos Profissionais de Música Clássica da art’J apresentarem “Fantasia e Primavera”, uma ode à juventude. Num outro registo, o Cineteatro Alba recebe, a 15 de março, os Capitão Fausto, que trazem na bagagem o último trabalho discográfico “Subida Infinita”.
O Ciclo Bandas em Concerto prossegue no primeiro trimestre de 2025 com a Banda Recreativa União Pinheirense (26 de janeiro), Banda Velha União Sanjoanense (23 de fevereiro) e Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca (9 de março). No Espaço Café-Concerto, os espetáculos mais intimistas serão com Susie Filipe – Em Tempo Real, na noite de 6 de março, e os Bastiskaf, a 20 de março.
No teatro, para o público familiar, destaca-se “Hansel e Gretel – A Casinha de Chocolate” a 22 de março, uma revisitação ao clássico dos irmãos Grimm, inserida na programação do Encontro Formativo “Para Além de Princesas e Dragões”. Ainda no âmbito deste encontro estará patente, entre 6 e 30 de março, a exposição de ilustração “Maria Remédio”. Ainda no teatro, a 27 de março, “Vida: Uma Aplicação” vai mergulhar na condição humana na era digital, uma produção da Jobra no âmbito do PANOS.
No cinema, o Cineteatro Alba dá início a um novo ciclo temático denominado “Comunidade”, que visa celebrar as diferentes culturas que coexistem na nossa sociedade, convidando à curiosidade e à aprendizagem do outro. O primeiro filme, a ser exibido a 30 de março, será a produção indiana “All you can imagine as light”, de Payal Kapadia.
Na taça do distrito, o Macinhatense venceu os três jogos da sua série: 4-0 diante do Vaguense, fora; 3-1 em Bustos, adversário que compete uma divisão acima; e 5-0 na receção ao Beira Vouga.
Para o campeonato, o Macinhatense cedeu apenas dois pontos, em Vagos, frente ao Vaguense, formação que o persegue no segundo lugar da zona sul. O empate a dois golos contrasta com um percurso totalmente vitorioso até à data, fazendo do conjunto de Macinhata do Vouga o líder da prova com 41 golos marcados e sete sofridos.
No total dos jogos disputados, a equipa orientada tecnicamente por Filipe Bastos apresenta uma média de 3,31 golos marcados por jogo e meio golo sofrido por jogo. Soma 11 jogos consecutivos a vencer e marcou em todos os jogos; pelo contrário, não sofreu golos em 38% dos jogos disputados.
Segue-se um jogo complicado no próximo domingo, dia 19 de janeiro, em Aguim, na penúltima jornada da primeira volta do campeonato. O Aguinense não perde para o campeonato desde o mês de novembro e também respeita a subida.
No dia 26 de janeiro, o Macinhatense joga em Cucujães - equipa do Campeonato SABSEG - para a segunda eliminatória da taça do distrito, jogo que obriga a adiar o jogo do campeonato com o Rocas do Vouga, que fecha a primeira volta.
Individualmente, Adriano é o melhor marcador da equipa com 13 golos, seguido de Amador (6), Ali e Tigas (4). O defesa João Fernandes é totalista em relação ao tempo de utilização, com 1440 minutos jogados, seguido por Joel Almeida (1334), Madu (1056) e Rebelo (1193).
Este é um evento desportivo de airsoft, orientação e sobrevivência que recria forças especiais designadas de Patrulhas de Grande Raio de Ação (LRRP) num total de 20 equipas compostas até 6 elementos. Estas equipas irão desempenhar missões “undercover” de orientação e navegação no terreno com recurso a carta militar, bússola e coordenadas UTM, navegando e fazendo reconhecimento no cenário natural da floresta montanhosa de Belazaima do Chão.
Os elementos destas “patrulhas” estarão equipados com material de camuflagem e sobrevivência em terreno hostil e réplicas de airsoft que disparam por ação pneumática bolas de PVC biodegradável de 6mm.
É proibido fazer qualquer tipo de fogo pelo que as refeições serão refeições prontas adequadas para militares.
Os participantes serão “vigiados” em tempo real pela app ARES ALPHA de forma em que a organização saiba sempre a sua localização. Haverá algumas viaturas todo o terreno disponível para qualquer apoio necessário.
A receção aos jogadores será efetuada na Associação Desportiva Recreativa Cultural Carqueijo, na freguesia de Barrô, sendo depois transportados para área da prova desportiva.
A prova desportiva terá uma duração ininterrupta de 28 horas, das 8 horas de sábado até às 12 horas de domingo, pelo que haverá movimentação de “patrulhas” durante a noite.
O Airsoft nasceu aproximadamente há 40 anos no Japão, tendo-se espalhado por todo o mundo. Em Portugal começou a praticar-se nos anos 90, sofrendo uma forte expansão no início de 2000. É um desporto onde se usam réplicas de armas verdadeiras à escala de 1:1, que por ação pneumática disparam bolas de 6mm de plástico biodegradável, designadas de BB’s (tipo paintball mas sem tinta), sendo
descrito como um desporto de simulação militar em que é utilizado todo o tipo de vestuário e equipamento tácito, desde camuflados, coletes táticos, camuflagem, rádio, binóculos, bússolas, GPS, mochilas, etc.
Neste jogo tático simulam-se operações militares, em ambiente urbano ou na natureza. Os objetivos de jogo podem ser os mais variados desde eliminar todos os adversários da equipa contrária, ou conseguir “roubar” a bandeira da base adversária, até jogos mais elaborados de 3 ou 4 dias com 2 ou mais facões, veículos militares e mais de 500 participantes.
Apresenta características de desportos como o montanhismo, geocaching, bushcraft e orientação, fortalecendo a coordenação de movimentos, a capacidade de orientação e o espírito de entreajuda e amizade entre os jogadores.
Devido à parecença das réplicas de airsoft com armas verdadeiras em Portugal, o Airsoft foi introduzido na “Lei das Armas” Lei n.º 5/2006, de 23 de fevereiro.
A EQUIPA MAD DOGS
Os MAD DOGS são uma equipa desportiva amadora fundada em 2013 que integra elementos dos concelhos de Ílhavo, Vagos, Aveiro e Águeda. Dedica-se à prática do airsoft e nos últimos anos tem realizado eventos anuais de nível nacional.
Do valor global do orçamento da Junta de Freguesia presidida por Albano Abrantes, cerca de 249.160 euros serão direcionados para despesas correntes, com destaque para a alocação de 116.890 euros para despesas com o pessoal.
O investimento previsto é de 177.758 euros e será aplicado em diversas iniciativas de requalificação e melhoria de infraestruturas da freguesia.
De acordo com o autarca, que inicia o último ano do seu terceiro e por isso derradeiro mandato consecutivo como presidente da Junta de Aguada de Cima, um dos principais objetivos para 2025 prende-se com a requalificação do salão da Junta de Freguesia. “O objetivo é melhorar as condições do espaço, criando um ambiente mais confortável e digno para as associações e a população em geral”, referiu.
A conclusão da requalificação do rio é outro dos objetivos, envolvendo toda a área do mesmo, bem como a requalificação do espaço traseiro da sede da Junta. “Esta intervenção visa proporcionar um espaço mais funcional”, destacou o presidente da Junta.
Prevista está também a requalificação de uma habitação nas Almas da Areosa. “A intenção é destinar esta habitação para fins de alojamento social, contribuindo para a inclusão e bem-estar da população”.
As obras de saneamento em Bustelo e Aguadalte é igualmente salientada pelo presidente da Junta. “Embora não seja de competência direta da Junta, o executivo considera esta obra fundamental para melhorar as condições de vida e higiene da população dessas áreas, com o compromisso de também trabalhar para a execução do mesmo no Vale Grande”, referiu Albano Abrantes.
O valor global do orçamento é de 351.206,25 euros para o corrente ano, considerado “atípico” para a União de Freguesias de Barrô e Aguada de Baixo, “já que se prevê a desagregação das duas freguesias”.
O executivo liderado por João Pitau tem como objetivo a execução de obras que “contemplam o bem comum, como a melhoria de cemitérios e de zonas de lazer”. O autarca referiu: “Neste momento estamos a analisar e a ponderar o que pretendemos executar, já que o tempo para o fazer não será muito e todos estes processos exigem a sua parte burocrática entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal”.
Adiantou João Pitau que, “certamente não aplicaremos o valor do contrato anual numa obra só, pois além do pouco tempo de execução, daremos prioridade a finalizar pequenas obras que se encontram em aberto. Contudo, está em estudo a substituição do telhado do edifício da Junta em Aguada de Baixo, tendo o executivo recebido já luz verde no apoio às obras por parte da Câmara Municipal”.
João Pitau finaliza este ano o seu primeiro mandato como presidente da Junta, sendo que esta semana deverá acontecer a votação final para a desagregação das duas freguesias.
O autarca, que a nível dos municípios a sul do distrito de Aveiro é aquele que tem defendido a Linha do Vouga, comentou, a propósito dos últimos desenvolvimentos, que o que deveria estar em discussão “não é a bitola mas a qualidade do material circulante”. Todavia, Jorge Almeida mais uma vez foi peremptório em relação à opção que advoga: “Ter bitola estreita é a melhor solução: a alteração do traçado é mínima, o investimento é mais reduzido e há comboios para vias estreitas tão confortáveis e rápidos como os outros”. Deu como exemplo o que se passa em Espanha e, em especial, na Suíça. A solução pela via estreita assegurava também a continuidade do comboio histórico, que considera ser uma aposta ganha pela procura que tem conhecido.
O estudo pretende avaliar a procura de passageiros e fazer uma análise custo-benefício na Linha do Vouga, a única linha métrica em Portugal (carris separados por um metro, popularmente designada por via estreita). Tem em conta a pretensão dos municípios a norte do distrito, e de ex-autarcas como o ministro Castro Almeida e o secretário de Estado Emídio Sousa - respetivamente de São João da Madeira e de Santa Maria da Feira -, de que seja assegurada a ligação da Linha do Vouga à Linha do Norte em Espinho, implicando a bitola ibérica desde Oliveira de Azeméis. O objetivo é que, a partir deste concelho, a linha integre a rede suburbana de transportes da AMP.
Globalmente, Águeda registou acentuada diminuição de criminalidade: foram registados 1468 casos em 2023 e 1238 em 2024 (menos 230 casos registados).
O relatório da GNR apresentado na reunião do Conselho Municipal de Segurança referia a existência de 539 crimes contra o património (assaltos) em 2024 quando no ano anterior esse número havia ascendido a 594. Houve ainda menos altercações - 268 no último ano para 342 em 2023 -, menos crimes contra o Estado (67 para 69), menos crimes avulso (73 para 118) e menos crimes contra as pessoas (286 para 336).
Pelo contrário, foram registados mais 24 crimes de violência doméstica em 2024 face ao ano anterior e mais um crime contra animais de estimação (5).
MENOS ACIDENTES MAS MAIS FERIDOS LIGEIROS
No plano rodoviário, registaram-se menos 133 acidentes em 2024 face ao ano anterior. Só com danos foram 508 (661 no ano anterior), com feridos ligeiros 194 (171 no ano anterior) e com feridos graves 14 (17 no ano anterior). Em ambos os anos, registaram-se duas mortes resultantes da sinistralidade rodoviária.
A GNR desenvolveu, no último ano civil, 356 ações de sensibilização, mais 42 que no ano anterior. Estas ações envolveram 17.851 pessoas, mais 4.875 que em 2023.
Para o presidente da Câmara, a iniciativa “não é apenas um evento, mas uma celebração do que nos une enquanto comunidade”, valorizando o impacto na dinâmica da cidade, no movimento económico e na promoção do concelho. Jorge Almeida considerou ainda que o Águeda é Natal registou um aumento de afluência relativamente aos anos anteriores e, sobretudo, um “fluxo de turistas e visitantes que se deslocam a Águeda de uma forma cada vez mais organizada”, ou seja, em viagens programadas, de grupos informais ou através de operadores turísticos.
A autarquia avalia a satisfação por comentários que cita das redes sociais, protagonizados por pessoas que visitaram Águeda nesta quadra e que acabam por divulgar o Águeda é Natal junto dos seus conhecidos. Edson Santos, vice-presidente da Câmara com o pelouro do turismo, apontou precisamente a satisfação das pessoas, os sorrisos e a dinamização do território como sinais do impacto do evento. “Com o investimento que fazemos neste evento, tal como no Agi-Águeda e na campanha ‘Compre em Águeda’, pretendemos dinamizar o nosso comércio, promover o nosso concelho, a nossa cultura e a nossa gastronomia”, considerou o autarca, para o qual “Águeda está a crescer na dinâmica concelhia e na afirmação do
seu território como destino turístico de excelência”. Águeda concentrou algumas das atrações como o menor e maior Pai Natal do mundo, o Boneco de Neve gigante e ruas repletas de guarda-chuvas cintilantes e outras decorações, como outras figuras do imaginário infantil e várias decorações natalícias. Destaque para uma árvore com 8 metros de altura, decorada por um grupo informal de crocheteiras de Águeda.
Além de ruas e edifícios decorados, com guarda-chuvas e ornamentações várias, decorreram atividades no Centro de Artes de Águeda e na Biblioteca Municipal Manuel Alegre e uma caminhada de Natal. O comboio histórico do Vouga voltou aos carris da Linha do Vouga, com visita dos turistas ao museu ferroviário de Macinhata do Vouga e ao centro da cidade de Águeda.
De acordo com Duarte Novo, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, a verba agora atribuída “não inclui outros apoios que ainda podem ser concedidos durante este ano, quer para investimento, quer para ajudar os nossos bombeiros relativamente aos custos que assumem no âmbito da sua importante e fundamental atividade de proteção civil e auxílio às populações”.
Em 2024, o apoio anual atribuído à AHBVOB foi de 70 mil euros e o valor total do investimento nesta associação foi de cerca de 175 mil, não incluindo apoios atribuídos para investimento.
O município bairradino também suporta os seguros do corpo de bombeiros e, em parceria com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, os custos com as remunerações, e respetivos encargos associados, dos elementos das duas Equipas de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro.
O Regulamento Municipal de Atribuição de Apoios e Benefícios aos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro prevê a redução de pagamento das taxas urbanísticas, a compensação do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) liquidado, desconto de 20% no acesso a eventos ou iniciativas de carácter desportivo, cultural e recreativo que sejam organizados pela Câmara Municipal e acesso gratuito às Piscinas Municipais.
Este regulamento contempla ainda a comparticipação financeira anual, correspondente ao Escalão A na Ação Social Escolar, para os filhos e dependentes a cargo dos elementos da corporação de bombeiros de Oliveira do Bairro, que frequentem o pré-escolar, incluindo Atividades de Animação e Apoio à Família (AAAF), e o 1.º ciclo, em escolas do concelho, até ao valor correspondente a 25% do salário mínimo nacional.
Referência também à organização da Caminhada Solidária Noturna, atividade anual promovida pelo Município e pela associação, em que o valor angariado reverte inteiramente para a AHBVOB.
Com as alterações climáticas a intensificar a frequência e severidade dos incêndios, as capacidades dos meios de proteção civil podem ser insuficientes em cenários extremos. Assim, «é essencial que a população adote medidas de autoproteção eficazes. Este projeto visa criar diretrizes que ajudam os cidadãos a transformar as suas habitações em abrigos seguros, usando técnicas passivas, como a gestão apropriada de combustíveis, boas práticas construtivas e técnicas ativas, como sistemas de aspersão», explica Miguel Almeida, investigador principal do projeto.
As construções em Portugal têm mostrado vulnerabilidades que, apesar de corrigíveis, requerem intervenções planeadas. A equipa da ADAI realizou, ao longo dos últimos anos, diversos estudos no âmbito deste projeto, concluindo que as casas tradicionais, quando bem concebidas e mantidas, podem servir como locais seguros em caso de incêndio, desde que rodeadas por áreas de gestão de combustíveis adequadas.
De acordo com o especialista, «a legislação atual exige uma faixa de segurança de 50 a 100 metros em torno das habitações e aglomerados, respetivamente, mas estas distâncias são, por vezes, inadequadas. O projeto propõe uma abordagem mais flexível e cientificamente sustentada, adaptada à topografia e perigosidade do local. Em áreas como encostas, por exemplo, uma configuração em elipse pode oferecer uma proteção mais eficaz do que o formato circular habitualmente aplicado», considera.
O projeto propõe o uso mais frequente de técnicas ativas de autoproteção, nomeadamente sistemas de aspersão ou sistemas mais inovadores, como telas ignífugas. «Quando a urbanização ou a proteção de valores ecológicos limita a criação de faixas de segurança passivas com dimensões legalmente exigidas ou efetivamente necessárias, os sistemas de aspersão de água podem atuar como uma barreira adicional contra a progressão das chamas, devendo servir como uma medida compensatória que permita flexibilizar a necessidade de uma faixa tão larga», acredita Miguel Almeida.
O Projeto House Refuge alcançou avanços significativos, incluindo a compilação de legislação nacional e internacional no âmbito da proteção de construções contra incêndios rurais, assim como a análise de casos de estudo. Estes esforços visam informar e influenciar futuras reformas legais e orientar melhores práticas construtivas.
Entre os resultados obtidos até ao momento, destacam-se as recomendações para legislação adaptada à realidade portuguesa e às especificidades da interface urbano-florestal, a definição de melhores práticas construtivas para mitigar riscos em áreas rurais, e, ainda, a avaliação do mercado de seguros relativamente à cobertura de risco de incêndio, evidenciando a necessidade de reformas no setor.
«O projeto House Refuge é um passo decisivo para que Portugal avance na sua capacidade de enfrentar incêndios na interface urbano-florestal, integrando componentes de proteção civil, sustentabilidade e inovação tecnológica. Com uma abordagem multifacetada, o projeto promete criar comunidades mais resilientes e preparadas para o futuro», conclui o investigador da ADAI.
Em comunicado, considera que se descobriu “que, por incompetência ou ligeireza na proposta de lei, afinal na A25 apenas o tal troço com 3 portagens (em Aveiro e Albergaria-a-Velha) não era abrangido”.
O comunicado, emitido pela CIRA e assinado por Joaquim Baptista, tem o seguinte teor:
“Em 11 de Maio de 2010, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro assumiu publicamente a sua divergência na questão das Portagens da A17/A25/A29, manifestando desde logo “preocupação e contestação para com o caminho que o dossier da aplicação de portagens às SCUT’s está a assumir”.
Além da “posição de princípio de que não há alternativas nacionais capazes”, sublinhou-se que: “No troço da A25 entre a Ponte da Barra, o novo Estádio Mário Duarte e o nó de Angeja A29, relembrar que esta via estava já construída com o actual formato quando foi entregue à concessionária da “Costa de Prata”
Desde então, a Comunidade Intermunicipal tem vindo aos sucessivos Governos da República a “reiterar a total discordância da cobrança de portagens na Região de Aveiro enquanto não se verificarem esses pressupostos e o cumprimento dos compromissos/protocolos anteriores” e a “exigir o implementar de isenções para as Populações locais nos circuitos de curta distância”.
Em 2 de Setembro de 2024, após a entrada em funções deste Governo, foi atualizado e enviado o Relatório de Assuntos de Relevante Interesse para a Região de Aveiro para análise do novo Governo, onde se lê, no capítulo As Portagens na A25, A17 e A29 … e os investimentos em Vias Alternativas:
A CIRA sempre defendeu o fim das portagens na A25 por considerar que esta via deveria ter um regime excepcional dado o seu carácter único na servidão rodoviária da ligação entre a Região de Aveiro e Castela / Leão, Espanha. Assim, foi com satisfação que tomamos conhecimento da recentemente decisão da Assembleia da República no sentido de abolir as portagens na A25.
No entanto, não podemos aceitar e muito menos compreender as razões que possam justificar o facto da gratuitidade de circulação da A25 não se aplicar a toda a sua extensão. A proposta, atualmente sobre a mesa, descrimina profunda e negativamente a população e a economia da região de Aveiro.
Sempre defendemos o fim das portagens dentro da nossa região como um elemento indutor de coesão social e económica. Nunca compreendemos o facto do acesso ao porto de Aveiro ser sujeito ao pagamento de portagens.
Assim exige-se que o governo tome rapidamente posição sobre esta grave descriminação assumindo a gratuitidade de circulação em toda a extensão da A25.
Continuamos a defender a concretização das vias alternativas à EN109 que se exigem em vários Municípios entre Ovar e Vagos, de forma a que o tráfego recebido da A17, A25 e A29 seja devidamente acolhido nessas zonas densamente povoadas, numa parceria entre o Governo e os Municípios com a utilização de Fundos Comunitários do Portugal 2030.
Defendemos também a concretização de uma variante à EN1/IC1, nomeadamente na zona de Anadia e Águeda, por questões de segurança e fluidez de tráfego, podendo ser ponderada a utilização como base do corredor definido para a A32.
Do mesmo modo, importa rapidamente usar essa fonte de financiamento para proceder à inadiável municipalização de Estradas Nacionais desclassificadas, no quadro do processo de Descentralização com a garantia prévia do financiamento da sua qualificação, invertendo o ciclo de abandono a que foram votadas, numa situação que não dignifica a Administração Pública e com reais riscos de segurança.
A 7 de agosto de 2024, a Assembleia da República, através da Lei n.º 37/2024, “elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança”, abrangendo lanços e sublanços em 7 autoestradas do Minho ao Algarve.
Agora descobriu-se que, por incompetência ou ligeireza na proposta de lei, afinal na A25 apenas o tal troço com 3 portagens (em Aveiro e Albergaria-a-Velha) não era abrangido!
É tamanha e histórica e injustificada esta exclusão, fazendo da Região de Aveiro uma ilha de injustiça, que se reivindica uma imediata iniciativa legislativa de correção, colocando os nossos Cidadãos no mesmo plano de igualdade nacional, após década e meia de discriminação negativa, agora agravada.”
Maria João Ribeiro lidera a direção da lista concorrente, que tem como presidentes da assembleia geral e do conselho fiscal Paulo Adriano Oliveira e Maria João Tavares, respetivamente. “A lista de candidatos apresenta uma equipa diversificada e comprometida com o futuro da instituição”, prometendo “uma gestão transparente e participativa” com “enfoque na inovação e na proximidade com a comunidade”. A nova direção “propõe-se a reforçar as suas atividades no sentido de promover a integração de crianças, famílias e grupos que, por qualquer situação deficitária, de ordem física, emocional ou social, se encontrem em risco de privação e/ou marginalização social”.
Num momento considerado como “crucial para o futuro” da associação, os sócios “estão convidados a participar ativamente” no ato eleitoral. A lista candidata é composta pelos seguintes elementos: ASSEMBLEIA GERAL - Presidente: Paulo Adriano Correia de Oliveira; 1o Secretário: Inês Miguel Barros Medeiros; 2.º Secretário: Alberto José Fernandes Marques; Suplentes: Rosa Lúcia Almeida Leite Castro Madeira e Fernando Manuel de Oliveira Moreira. DIREÇÃO - Presidente: Maria João Teixeira Ribeiro; Vice-Presidente: Filipe João Flores Almeida Jorge; Secretária: Cátia Ma- ria Henriques Meireles; Tesoureiro: Gonçalo Nuno Faria Moreira; Vogal: Maria Clara Rodrigues dos Santos; Suplentes: Rafael Martins Fernandes e Ana Rita Esteves Martins dos Santos. CONSELHO FISCAL - Presidente: Maria João Marques Tavares; 1°vogal: José Luís Ferreira Morais; 2° vogal: Sílvia da Silva Arede, Suplente: João Carlos Conceição Oliveira.
“A Escola está mais violenta, está mais crispada. E isso naturalmente é um problema de saúde mental”, referiu Francisco Vitorino, a SP.
Aborda-se amiúde o estado de depressão em que mergulha a juventude portuguesa. À margem da entrevista que Francisco Vitorino concedeu a SP (ver edição de 24 de dezembro), a questão foi colocada ao diretor do maior agrupamento escolar do concelho de Águeda: o Agrupamento de Escolas de Águeda Sul, que tem como escola sede a Secundária Marques de Castilho e que se estende pelas freguesias situadas a sul da cidade, até Aguada de Cima e Fermentelos.
“Sentimos muito, talvez mais que as questões da imigração, mais dos que as questões dos resultados escolares”, confirmou Francisco Vitorino, à questão de SP sobre se a situação é sentida no Agrupamento. “Há questões paralelas à sala de aula - e até às vezes na retaguarda da sala de aula - que condicionam imenso o desempenho dos alunos. Para além das questões da desvalorização da escola, como falei na entrevista, e do modo como as famílias hoje se organizam em educar crianças em idade escolar, o problema da saúde mental está presente”.
Ressalvando não ser um “especialista sobre o assunto”, Francisco Vitorino assumiu-se como “um cidadão como todos os outros” mas que se confronta diariamente com o problema. “Tenho memória e isto nos últimos 10 anos tem vindo a agravar-se. E não é da pandemia” - referiu, peremptoriamente.
MIÚDOS QUE CRESCEM SEM FREIO E BASEADOS NO TER
Apontou razões: “Tem a ver com o modo como as sociedades hoje vivem. Com a aceleração com que todos vivemos, com as prioridades que as pessoas têm hoje, com o trabalharem demasiadas horas e passarem pouco tempo com os miúdos, com os miúdos crescerem muitas vezes mais com os amigos do que propriamente com os pais e com as suas famílias…”
Sem freio, portanto. “Sem freio… Com a responsabilização frequente dos seus atos, com a superproteção - que é outra questão também que se vive muitas vezes… As pessoas tendem a superproteger com base no ter e não no ser. Isto é um aspeto fundamental. Às vezes, dá-me a ideia de que as pessoas procuram compensar a ausência com a omnipresença através do telemóvel de marca, da roupa de marca… lá está, com o ter. Às vezes, era preferível dar menos coisas materiais e dar mais da relação humana”.
DROGAS? A VIOLÊNCIA!… PORQUE O “NÃO” NÃO É ACEITE
Relativamente às evidências, Francisco Vitorino falou de “miúdos deprimidos, agarrados essencialmente ao telemóvel e ao digital, a experimentar coisas que, enfim, se não forem controladas depois dão noutras coisas piores…”. Drogas? “Drogas!… Por exemplo, a questão da violência…”
Há aumento no consumo de drogas? - questionámos. “Eu não tenho muito essa noção. Pelo menos dentro da escola não a tenho. Não digo isto porque esteja a burilar a questão, quando isso é um problema nós vamos ouvindo. Aqui e ali, porque alguém é encontrado, porque alguém vê, porque alguém diz… Essa questão não tem aumentado. Existe, e nós sabemos que existe, mas pela perceção que tenho - posso estar enganado - o que tem aumentado é a violência. Os miúdos estão muito mais violentos uns com os outros. Têm muito menos paciência, muito menos tolerância à contrariedade, e esse é o grande problema. Por exemplo, quando a gente diz não, o ‘não’ não existe. Qualquer desavença que haja entre eles, partem logo para a violência. A escola está mais violenta, está mais crispada. E isso naturalmente é um problema de saúde mental, sem nenhuma dúvida.”
PAIS DESAUTORIZAM A ESCOLA E NÃO ADEREM À EDUCAÇÃO PARENTAL
Quem não está habituado a ser contrariado na família… e lá voltamos de novo à família, apresenta essa característica. Como se pode ultrapassar este cenário? “A Escola sozinha não vai conseguir resolver isto, ainda para mais se não tiver apoio de retaguarda por parte dos pais. Se de cada vez que um miúdo tem um comportamento desajustado nós chamarmos um pai ou uma mãe, a tendência é desresponsabilizar o miúdo e tentar defender a criança perante a Escola, desautorizando a Escola e o professor, desautorizando o diretor de turma, tentando menosprezar o comportamento em detrimento de outras coisas. A Escola tem muita dificuldade em contrariar isto! Precisava-se de mais educação social, de mais programas de educação parental. Nós temos feitos muitos, as pessoas é que não aderem. Temos tido muita dificuldade em movimentar os pais para estas sessões de educação parental. Acham que já sabem tudo. A sociedade tem que mudar, se não mudar a Escola também não muda”.
É irrefutável que a Inteligência Artificial veio para ficar. A velocidade do seu desenvolvimento, o seu potencial e os receios face a esse mesmo potencial, faz com que muito se discuta sobre o tema, nas mais diversas áreas da nossa sociedade. Exemplo disso mesmo é a aprovação da “Lei da UE sobre IA: primeira regulamentação de inteligência artificial”, pelo Parlamento Europeu.
Por outro lado, também fruto de uma sobre-exposição ao “mundo digital”, a cibersegurança, designada como “a prática que protege computadores e servidores, dispositivos móveis, sistemas eletrónicos, redes e dados contra ataques maliciosos. Também é chamada de segurança da tecnologia da informação ou segurança de informações eletrónicas.
“O termo é aplicável a uma variedade de contextos, desde negócios até computação móvel, e pode ser dividido em algumas categorias comuns, mostra-se como um tema que pode, entendemos nós, andar de mãos dadas com a discussão da inteligência artificial”, refere a escola.
SP - A Escola Marques de Castilho tem recebido um forte investimento para o CTI, que disponibiliza cursos adequados ao atual mercado de trabalho. Há, porém, duas questões que gostaria de lhe colocar: se os alunos estão efetivamente motivados em frequentar esses cursos e se o mercado de trabalho está preparado para os receber.
FV - O investimento resulta de uma candidatura que apresentámos há dois anos, enquadrado no PRR. O investimento ronda 1,7 milhões de euros e são quatro os cursos abrangidos: análise laboratorial, metalomecânica, cozinha pastelaria e restaurante bar e eletricidade e eletrónica. Destes quatro, dois dos mais fortes é a cozinha e pastelaria - fizemos uma cozinha completamente nova, com equipamento que será raro o restaurante de dimensão que a tenha - e a metalomecânica. Neste caso, ao nível do CNC, dos tornos e das fresadoras, portanto de toda a maquinação. Só para a metalomecânica são à volta de 700 mil euros.
MÁ CONSCIÊNCIA SOBRE O ENSINO PROFISSIONAL
SP - Com todo esse investimento, vai haver retorno na procura pelos alunos e na absorção pelo mercado de trabalho?
FV - A questão tem de ser vista numa perspetiva mais global relativamente ao ensino profissional. Infelizmente, o país, e Águeda em particular, continua a ter uma visão do ensino profissional como sendo uma espécie de parente pobre da formação. Uma coisa é aquilo que se diz, outra é depois o que se faz na prática. Toda a gente diz que o país precisa de qualificação profissional intermédia, que as empresas precisam de mão de obra qualificada, que é preciso dignificar o ensino profissional; mas depois os filhos das pessoas… entre aspas, bem pensantes, não procuram o ensino profissional. Felizmente, isso tem vindo a transformar-se, devagarinho, e já temos muitos miúdos que vão para o ensino profissional com convicção. Até porque é possível aceder ao ensino superior via ensino profissional, até de uma forma mais facilitada porque apenas fazem exames nacionais específicos para a sua área, e isso tem atraído. Porém, continua a existir uma má consciência da sociedade relativamente ao ensino profissional, que continua a ser visto como um ensino de segunda relativamente ao prosseguimento de estudos. Mesmo quando se valoriza, e se qualifica o que é uma boa escola, supostamente é aquela cujos alunos têm excelentes resultados nos exames nacionais; ou seja, são aquelas que preparam os alunos para os exames, não aquelas que preparam os alunos para a vida real, para o mercado de trabalho, para enfrentar problemas, para os resolver…
SP - Há uma lógica nacional que devia ser mudada…
FV - Há, com certeza. Algum trabalho tem sido feito nos últimos oito anos. O Governo anterior tomou algumas medidas importantes para valorizar o ensino profissional mas continua a haver na sociedade portuguesa uma má consciência relativamente ao mesmo.
SP - Portanto, reflete-se na adesão dos alunos.
FV - Contribui para que haja algumas dificuldades em áreas carenciadas, como é o caso da hotelaria e restauração e da metalomecânica, ou mesmo das áreas mais técnicas. Há dificuldade em constituir turmas em número suficiente de alunos. Quanto mais alunos tivéssemos mais colocávamos nas empresas.
SP - Verifica-se uma maior atratividade com este investimento ?
FV - É cedo ainda para o saber. Não inaugurámos, em concreto, o CTI; conto fazê-lo em janeiro. Penso que durante esse mês teremos fisicamente a candidatura ao PRR executada. Espero que o Dia Aberto e a divulgação que faremos relativamente às condições de exceção que possuímos sejam fatores de atração.
SP - Confrontamo-nos hoje com uma geração que emigra à procura de melhores salários e condições de trabalho. A área da restauração é um exemplo: apesar de haver muitas escolas de formação, o nível dos trabalhadores é relativamente precário em vários estabelecimentos. Se o mercado de trabalho não foi atrativo…
FV - É um pouco a matriz do crescimento e desenvolvimento económico do nosso país. Se continuarmos a basear a atratividade em salários baixos, evidentemente não conseguiremos reter pessoas. Temos, se calhar, de olhar para o emprego e para a qualificação de uma outra forma. Eu acredito que aquilo que estamos a fazer - e não somos os únicos, o Centro de Formação Profissional também faz um esforço nesse sentido - é um contributo para ir ao encontro daquilo que o tecido empresarial precisa; mas, para isso, é preciso que do outro lado também haja capacidade de absorção e de atração.
SP - Janeiro será o mês de inauguração. O CTI começará em pleno, quando?
FV - Neste momento, há áreas que já estão a funcionar em pleno, designadamente a cozinha e pastelaria. Na metalomecânica e da eletrónica, estamos a receber equipamento até ao final do ano, e um ou outro ainda no início do próximo ano civil.
ESCOLA DESVALORIZADA ENQUANTO PROJETODE VIDA
SP - Sendo o Agrupamento de Águeda Sul o maior do concelho, a escola sede tem mais de um milhar de alunos. Quais têm sido os principais desafios na gestão de um mega agrupamento como este?
FV - O Agrupamento nasceu em 2013, estamos com 11 anos. A principal dificuldade tem a ver com a dispersão, de ser geograficamente disperso e de ser difícil, muitas vezes, chegar a todo o lado em tempo útil. Tentamos desdobrar-nos - quer a equipa mais restrita da direção, quer depois os coordenadores de cada escola -mas a dispersão e a variedade dos níveis de ensino, do pré escolar ao secundário, são desafios. Os problemas hoje são muitos, sobretudo de natureza social. Não tanto de questões que têm a ver com pobreza material - haverá com certeza - mas o nosso principal problema tem a ver com a desvalorização da Escola por parte das famílias. Vivemos hoje no meio de gerações aparentemente mais qualificadas mas continuamos a ter muitos casais, na ordem dos 30 e 40 anos, que valorizam pouco a escola e os professores - a autoridade dos professores…
SP - Esse é o maior desafio?
FV - É! O papel da Escola enquanto projeto de vida daquelas crianças, que agora são crianças e daqui a pouco serão jovens e jovens adultos. Há cada vez menos a valorização da Escola enquanto projeto de vida. Isso é preocupante, não só no ponto de vista da formação académica como também da formação humana e pessoal.
SP - Há muito trabalho a fazer nessa área.
FV - Muito trabalho… e não só da Escola! É de toda a comunidade. Os poderes públicos têm aqui um papel fundamental. Sei que é muito difícil, lidamos com pessoas, mas não basta atirar dinheiro para cima dos problemas, é preciso ir mais fundo.
COMPORTAMENTO PREOCUPA MAIS QUE RESULTADOS ACADÉMICOS
SP - Como se compatibiliza esta relação entre uma escola secundária com todas as escolas que pertencem ao Agrupamento? São realidades completamente diferentes.
FV - São realidades diferentes mas todas elas estão imbuídas dum projeto educativo comum. Portanto, tem uma lógica vertical. Há valores que são comuns a todo o Agrupamento, sobretudo humanos: respeito mútuo, tolerância, respeito pela diferença… A valorização dos resultados académicos, evidentemente, o rigor, a exigência… mas sobretudo o lado da cidadania.
SP - Mas acha que a Marques de Castilho é penalizada relativamente aos resultados académicos pelo facto de estar inserida num mega agrupamento?
FV - Não sei se é penalizada por essa via. Os resultados académicos estão em linha com aquilo que é a realidade nacional. Mas, se a nossa energia e o nosso esforço é ocupado por uma vastidão tão grande, se estou focado num conjunto de outros problemas que não são apenas as questões académicas - sobretudo o comportamento, atitude perante a Escola, gerir sensibilidades de pais que acham que os filhos só têm direitos e não têm deveres, ou que os pais só têm direitos e não têm deveres - é evidente que a minha energia é esgotada com outras coisas. Desse ponto de vista, quanto maior a nau, maior a tormenta. Quanto mais complexa é a organização, mais dificilmente nos conseguimos concentrar num problema só. Agora, eu estou preocupado com os resultados académicos, como o país também está. De facto, temos estar a regredir em alguns indicadores internacionais; estou preocupado com isso mas muito mais preocupado com o que esta geração, que tem agora 16 ou 17 anos, vai fazer daqui a 10 ou 15 anos se continuarmos como estamos: falta de respeito pelos outros, pouca solidariedade pelo próximo, não respeitar as pessoas mais velhas (onde são incluídos naturalmente sso preocupa-me muito mais que os resultados académicos!
RELAÇÃO COMPLEMENTAR ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA
SP - Haveria necessidade de ter outras respostas curriculares de cidadania ou isso só está dependente da família?
FV - Tem de haver outras respostas, a Escola não se pode demitir da sua função de formar a globalidade do indivíduo, em termos académicos mas também as personalidades.
SP - Em concreto, como se pode compatibilizar melhor uma relação entre a Escola e as famílias?
FV - Em primeiro lugar, respeitando a posição de cada um. À família cabe a educação em termos latos, as primeiras aprendizagens, sobretudo as questões básicas e universais do respeito e relação com os outros. Quando não é aprendido na altura certa, a escola tem muito mais dificuldade em conseguir incutir, a partir dos 12 ou 13 anos, valores e princípios. A Escola tem de funcionar em colaboração estrita com a família e a família com a Escola. A nossa missão é complementar. Quando ouço algumas forças políticas trazerem a ideologia para o currículo, como é o caso o modo como se encaram as questões da cidadania - que tem muito pouco de ideológico e tem muito mais de direitos humanos e de formação pessoal e social -, fico pasmado. Os miúdos precisam cada vez mais que se aborde na Escola, uma vez que a família não é capaz de o fazer, ou tem essa dificuldade, alguns temas que são fundamentais hoje, como a igualdade de género, como o respeito pelo género oposto, pelas opções sexuais ou de género de cada um… O que isso tem de ideológico? Isso tem muito de respeito pela pessoa humana e pela dignidade humana!
SP - Esta conversa pode levar-nos à chamada municipalização da educação. Seria mais fácil compatibilizar iniciativas curriculares, enfrentando as dificuldades que enumerou, a partir de uma colaboração chegada entre o Município, a Escola e as famílias?
FV - Devia ser.
SP - Não tem sido?
FV - Tem sido feito algum trabalho mas precisamos de o aprofundar. Para isso, temos de ter capacidade de mobilizar - nós, Escola e Município -, de mobilizar os pais para aquilo que são os temas importantes. Nem sempre somos capazes de mobilizar os pais. Isto não pode ser feito uns contra os outros, tem de ser feito uns com os outros. Há um caminho a fazer de aprofundamento entre o Município e as escolas, evidentemente, e ambos, imbuídos do mesmo espírito, temos de ter a capacidade de dar a volta aos pais e à sociedade.
CÂMARAS DEVEM IR ALÉM DO QUE PRECONIZA A LEI
SP - Que aspetos positivos e negativos se podem aferir da descentralização de competências da Educação nos municípios?
FV - Sempre acreditei na transferência de competências, desde que acompanhado do respetivo envelope financeiro. Os municípios conseguem resolver problemas de uma forma mais eficaz porque estão mais próximos dos problemas e das pessoas. As soluções são mais fáceis de encontrar. Fui um grande defensor dessa ideia mas é preciso que todos estejamos disponíveis para ir um pouco além daquilo que está na lei. Em 2015, quando entrámos no processo em que éramos município-piloto, posso dizer que a coisa estava bem desenhada. Com as dificuldades iniciais, e com a colaboração entre a escola e a autarquia, conseguimos ultrapassar algumas questões, até em termos orçamentais. Havia um espírito de colaboração muito forte e uma perspetiva da Educação muito próxima daquilo que as escolas também tinham, e havia essencialmente uma grande confiança da autarquia naquilo que era o trabalho das escolas e dos diretores das escolas.
SP - Agora não é assim?
FV - Já lá ía… O Governo anterior do PS deixou de apostar neste tipo de descentralização, deixou claramente cair isto, e propôs um outro modelo, de 2021 para cá, que é muito mais limitado do que era o de 2015. Enfim, contra mim falo: o atual Governo herdou um projeto muito mais limitado do ponto de vista da colaboração entre as escolas e a autarquia que o desenhado inicialmente. Fica muito pela manutenção dos edifícios, muito pela parte estrutural, mas há menos espaço à colaboração e ao esforço mútuo. Ora, se a lei prevê menos, fica muito dependente da vontade que as câmaras têm ou não de ir um bocadinho além daquilo que a lei diz.
SP - Reflete-se na atual relação entre a Câmara e as escolas em Águeda?
FV - Reflete. É muito mais instrumental, fica muito mais presa às questões do funcionamento, aos edifícios e às reparações. A Câmara só por opção estratégica, que deve ter apesar de tudo, pode ir além e investir um pouco mais. Não posso dizer que esta câmara não o tem feito, tem-no feito ao nível dos transportes, do pessoal não docente - claramente, temos ido além daquilo que a lei preconiza - mas há outras áreas onde se deve apostar.
SP - No início do processo falava-se na inclusão da identidade local nos currículos. É uma aposta falhada?
FV - É uma aposta falhada, sim! Há alguma liberdade para ir mais além do currículo nacional - nós temos algumas áreas de criação própria - mas não é nada que seja estrutural ou que traga alguma mais valia diferenciadora.
20 POR CENTRO DE ALUNOS NASCERAM FORA DO PAÍS, DE 32 NACIONALIDADES DIFERENTES
“Traz-nos desafios para os quais não estávamos preparados”
SP - Não sei quantas nacionalidades terá o Agrupamento entre os alunos mas a imigração veio certamente criar desafios novos.
FV - No nosso Agrupamento, cerca de 20 por cento dos 2.300 alunos nasceram fora do país. São à volta de 32 nacionalidades mas 70 por cento desses 20 por cento têm origem no Brasil. Traz-nos desafios para os quais não estávamos preparados. Desde logo, o desafio da língua, que é o principal - mesmo os alunos oriundos do Brasil. Não quer dizer que não se entenda a língua, tem a ver com as questões culturais associadas. De aclimatação aos nossos esquemas de funcionamento, à nossa organização, ao grau de rigor que a Escola hoje imprime. É preciso não esquecer que muitos miúdos que vieram do Brasil, que passaram pela pandemia, não foram à escola ou foram de forma muito ligeira. Há muitas exceções, evidentemente, mas chegam aqui com dificuldades em acompanhar…
SP - Essas dificuldades são curriculares ou mais de relacionamento?
FV - Não temos grandes problemas de integração. De uma forma geral, são bem acolhidos e sentem-se bem na escola. Tem sobretudo a ver com a dificuldade em acompanhar o currículo e em se mover dentro dos esquemas de rigor exigência que nós imprimimos. Por exemplo, os alunos oriundos do Brasil não aprendem Inglês lá, isso representa uma dificuldade. Nota-se evolução, mas depende também da idade com que vêm: os meninos que entram no pré escolar ou no 1.º ciclo claro que daqui a meia dúzia de anos estão integrados, os mais velhitos têm mais dificuldade.
SP - Há algum programa específico?
FV - Há dois anos, quando houve este boom maior de imigração, criámos uma equipa interna, no âmbito do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, que tem representantes nas três escolas maiores do Agrupamento - na escola sede, Marques de Castilho, e nas EB 2,3 de Aguada de Cima e de Fermentelos -, para acolher a criança e a família quando vem logo pela primeira vez. Entretanto, a meio do ano letivo passado, surgiu uma candidatura ao Fundo para as Migrações e Asilo. Fomos o único Agrupamento a nível do país que viu a candidatura aprovada, as outras foram juntas de freguesia , IPSS, municípios… Foi-nos atribuída uma verba de 200 mil euros que nos permite contratar técnicos e fazer um trabalho mais fundo a nível de integração. Já contratámos um técnico de animação sócio-cultural, outro de serviço social, e vamos contratar mais uma psicóloga. A ideia é reforçar aquela equipa de acolhimento.
SP - Normalmente, fala-se desta imigração com uma carga negativa. Mas tem trazido coisas positivas?
FV - É uma oportunidade para nós. Só conseguiremos ver coisas positivas se tivermos capacidade para acolher corretamente e convenientemente essas pessoas. Não as podemos marginalizar e a Escola tem um papel fundamental aqui. Tem que se investir, não só o Estado central. As autarquias têm aqui um papel importante, não é só criar gabinetes de atendimento e de acolhimento. É preciso desenvolver programas de integração destas pessoas, tentar integrá-las e envolvê-las na comunidade, com as associações locais. Não haverá melhor forma de nos conduzir a experiências negativas que o abandono desta gente, a marginalização e o desrespeito pelos seus direitos. Claro que as pessoas também têm de se integrar, têm de aceitar a nossa cultura e o nosso modo de vida - respeitando, também nós, o deles. Temos miúdos de várias religiões, até no refeitório se vê.
SP - Há, também, interesse da sua parte em superar dificuldades?
FV - Haverá uns que sim, outros que não. Às vezes as dificuldades levam os miúdos a desistir. O Inglês, além da Matemática e da Físico-Química dentro do currículo nacional, são as áreas em que as suas dificuldades são maiores. A nível da escolaridade básica, foi onde tiveram uma formação mais difícil nas suas terras de origem. Conseguiremos safar uns, não conseguiremos safar outros…
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÁGUEDA SUL FOI CONSTITUÍDO HÁ 11 ANOS
“Os mega-agrupamentos, neste momento, não respondem aos problemas principais da escola”
Francisco Vitorino assume dificuldade na contratação de professores, para além de avaliar a existência de mega-agrupamentos como o de Águeda Sul.
SP - Ficou retida uma questão: após 11 anos, revê-se nos mega-agrupamentos?
FV - Não. Atendendo à imensidão de problemas de natureza social que a escola tem, que se refletem todos os dias no funcionamento, ao estado das famílias, à desvalorização do papel das famílias enquanto unidade básica e primeira, agravada com o problema da imigração (tem sido uma dificuldade para as escolas lidarem com toda esta diversidade), precisávamos neste momento de unidades orgânicas mais pequenas, que respondessem de forma mais próxima aos problemas. Os mega-agrupamentos, neste momento, não respondem aos problemas principais da escola.
SP - Um dos problemas que se tem vindo a falar é o da contratação dos professores. O Agrupamento tem todos os horários preenchidos ou tem tido dificuldade em contratar?
FV - Este ano, pela primeira vez, tivemos dificuldade em contratar professores, sobretudo em áreas como a informática. Para as primeiras colocações, a coisa até funcionou. Quando foi necessário substituir gente, por doença e outras razões, digamos numa segunda leva, tivemos dificuldade.
NÃO HÁ ALUNOS SEM AULAS
SP - Neste momento, o quadro de professores está completo?
FV - Sim. Nós não temos alunos sem aulas neste momento. Algumas medidas criadas por este Governo tiveram algum efeito positivo, designadamente a possibilidade de distribuirmos em regime extraordinário, em horas extraordinárias, por outros professores, às dificuldades iniciais que tivemos.
SP - Mas esse problema continua presente.
FV - Está presente e vai agravar-se! Ao longo do ano letivo, ele vai-se manifestando cada vez mais. Aposentações, problemas de doença, limitações no exercício da profissão…
SP - É uma profissão desvalorizada?
FV - É. E uma profissão de desgaste enorme e pouco atratival. Temo que a falta de professores, obrigando muitas vezes a recorrer a pessoas que não têm a formação pedagógica adequada por não termos possibilidade de escolha, possa colocar em determinadas funções quem não tem a habilidade necessária ou o talento para lidar com jovens. Isto nota-se no pessoal docente e no pessoal não docente. A Câmara, para o pessoal não docente, já tem alguma dificuldade em contratar pessoas com o perfil adequado. É preciso tornar a profissão mais atrativa.
SOBRELOTAÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA FORA DA ESCOLA
'MARQUES' TEM MAIS 11 TURMAS QUE CAPACIDADE APÓS OBRAS DA PARQUE ESCOLAR
“A Marques de Castilho está a viver uma situação difícil que tem a ver com a sobrelotação”, referiu Francisco Vitorino, durante a entrevista a SP, no seu gabinete.
Voltar a colocar o curso do rio dentro das suas margens - expressão do próprio - não será fácil. “Na requalificação, a escola foi dimensionada para 40 e poucas turmas e tem agora 55. Precisávamos de uma cura de emagrecimento em turmas que nos permitisse voltar a ocupar os espaços adequados”.
Francisco Vitorino respondia a uma questão sobre a construção que decorre do polidesportivo para salientar que, por si só, este investimento não evita que os alunos da escola secundária se desloquem no futuro para a piscina ou para o pavilhão do GICA, mercê de um protocolo com o Município de Águeda, para as aulas de Educação Física.
“Se continuarmos como estamos, o polidesportivo só por si não vai resolver completamente. Vamos sempre precisar, enquanto se mantiver este nível de frequência, de apoio da Câmara para uma turma ou outra ir para a piscina ou ao GICA”, afirmou.
Este ano letivo, com mais 11 a 12 turmas que a capacidade da escola, “precisámos de reforçar as idas para o GICA e para a piscina” - fez notar, para explicar depois: “Não tem a ver apenas com os espaços desportivos, tem a ver sobretudo com os balneários. Temos quatro balneários para feminino e quatro para masculino. À partida deveriam ser quatro turmas em simultâneo a ter Educação Física mas às vezes são seis ou sete turmas. Portanto, o grande problema, mais do que ter o espaço para fazer atividade física, são as condições para se equipar e tomar banho. Se continuarmos com este ritmo de aumento de alunos, temos de continuar a precisar do apoio da Câmara Municipal”.
O FUTURO DESTA GERAÇÃO PASSA POR ÁGUEDA?
“Não temos políticas públicas, nacionais e locais, capazes de reter talentos e pessoas qualificadas”
SP - Há uma década, disse numa entrevista que 70% dos alunos de Águeda manifestavam vontade de sair do concelho para estudar ou trabalhar. Essa vontade mantém-se atualmente?
FV - Não o consigo dizer com propriedade como o disse nessa altura, porque resultou de um estudo que se fez a nível local e que nos deu esses resultados. Um estudo isento e sério. Não se voltou a fazer.
SP - Quem fez o estudo?
FV - Foi o Centro da Juventude no âmbito dos projetos europeus que tinha. Acho que se devia voltar a fazer.
SP - Qual é a sua perceção?
FV - A minha perceção é que sim, que os jovens continuam a querer sair.
SP - Por quê?
FV - As razões porventura não serão muito diferentes das que se passam a nível nacional. Continuamos a ter milhares de jovens qualificados a saírem do nosso país. Eventualmente, porque nós não temos políticas públicas, quer nacionais quer locais, capazes de reter esses talentos e essas pessoas qualificadas. Desde logo pela média dos salários, depois pelos problemas da habitação, que são gravíssimos. Não vejo que haja a celeridade nem a estratégia de fundo para inverter, e isso também se passa em Águeda. O acesso à informação, o modo como os jovens se movimentam - as barreiras fronteiriças não são hoje um problema para ninguém -, as redes sociais com mensagens apelativas… tudo isso contribui. É muito difícil inverter a situação, é necessário criar condições básicas, não apenas do tecido empresarial mas também de quem tem responsabilidades políticas.
SP - Como?
FV - Primeiro, estudar o problema e tentar perceber porque é que as pessoas saem; e depois tentar atacá-lo com medidas concretas. Não são pensos rápidos, são coisas mais profundas.
SP - A requalificação da ESAP conta com uma rubrica inscrita no Orçamento Municipal de 517 mil euros para 2025 e de 12 milhões para os dois anos seguintes. É desta que as obras vão arrancar?
HC - Começámos com um projeto faraónico, como muitos da Parque Escolar onde o betão é rei, o sol não se vê e os espaços para caminhar, correr, conviver e respirar são reduzidos a quase nada. Uns anos depois estudava-se a possibilidade de uma pequena intervenção de recuperação de alguns espaços… agora trabalha-se num projeto equilibrado. Mas já há muitos anos que esquecemos a dita requalificação. Se estivéssemos à sua espera, a Escola estaria degradada e teria deixado de responder às necessidades atuais. Ainda este ano, questionados os alunos que vieram pela primeira vez para a escola sobre o que mais gostam na ESAP, não deixa de ser interessante surgir com frequência a resposta “o espaço da escola, os pavilhões, a biblioteca…”. Vamos fazendo as nossas pequenas reparações e requalificações que, acredito, têm dado um contributo para o bem-estar dos alunos, para as suas aprendizagens, para a sua formação integral.
SP - Mas, em concreto, acha que será desta que as obras avançarão?
HC - Não será ainda neste ano letivo nem no próximo que teremos as grandes obras.
ESCOLA DESEJA MELHORIAS SIGNIFICATIVAS
SP - Tem estado ao corrente dos motivos pelos quais as obras ainda não avançaram ao fim de tantos anos?
HC - O projeto inicial estava com a Parque Escolar. Mas a Parque Escolar, talvez por ter, entre aspas, dinheiro fácil, perdeu-se com projetos de autor, com luxos, com equipamentos caros que depois não se usam… e, entretanto, já não havia dinheiro. Depois, a Escola seria entregue ao Município, já recuperada, mas isso não aconteceu. Entretanto, a Câmara Municipal quis ficar com as escolas e a Educação, no processo de descentralização...
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As alunas deslocaram-se a Lisboa, à Fundação Champalimaud, acompanhadas pela professora Pilar Guerra, para receber o prémio deste concurso, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no âmbito das comemorações dos seus 125 anos.
O concurso dirigiu-se a alunos do ensino secundário, tendo como objetivo despertar o interesse dos alunos sobre o que é e como se forma o DNA, bem como sobre a sua importância na saúde das pessoas.
Pretendeu-se, ainda, dar ênfase à temática da sustentabilidade através da submissão de vídeos ou fotografias de modelos da dupla hélice de DNA construídos com recurso a materiais reciclados...
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O diretor da ESAP, Henrique Coelho, sublinhou mais uma vez “a importância da renovação da presente distinção, enquanto reconhecimento da qualidade do serviço educativo prestado pela Escola”, além de agradecer “o envolvimento e a participação dos alunos, pais, parceiros e assistentes operacionais e técnicos bem como dos professores em todo este processo”.
Após a cerimónia, e com a presença da coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, Isabel Nina, o diretor da ESAP apresentou o projeto "Estar", que proporcionou a beneficiação de vários espaços da ESAP, tornando-os mais confortáveis e acolhedores.
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Na taça do distrito, o Macinhatense venceu os três jogos da sua série: 4-0 diante do Vaguense, fora; 3-1 em Bustos, adversário que compete uma divisão acima; e 5-0 na receção ao Beira Vouga.
Para o campeonato, o Macinhatense cedeu apenas dois pontos, em Vagos, frente ao Vaguense, formação que o persegue no segundo lugar da zona sul. O empate a dois golos contrasta com um percurso totalmente vitorioso até à data, fazendo do conjunto de Macinhata do Vouga o líder da prova com 41 golos marcados e sete sofridos.
No total dos jogos disputados, a equipa orientada tecnicamente por Filipe Bastos apresenta uma média de 3,31 golos marcados por jogo e meio golo sofrido por jogo. Soma 11 jogos consecutivos a vencer e marcou em todos os jogos; pelo contrário, não sofreu golos em 38% dos jogos disputados.
Segue-se um jogo complicado no próximo domingo, dia 19 de janeiro, em Aguim, na penúltima jornada da primeira volta do campeonato. O Aguinense não perde para o campeonato desde o mês de novembro e também respeita a subida.
No dia 26 de janeiro, o Macinhatense joga em Cucujães - equipa do Campeonato SABSEG - para a segunda eliminatória da taça do distrito, jogo que obriga a adiar o jogo do campeonato com o Rocas do Vouga, que fecha a primeira volta.
Individualmente, Adriano é o melhor marcador da equipa com 13 golos, seguido de Amador (6), Ali e Tigas (4). O defesa João Fernandes é totalista em relação ao tempo de utilização, com 1440 minutos jogados, seguido por Joel Almeida (1334), Madu (1056) e Rebelo (1193).
No sábado, completou-se a 7.ª jornada do campeonato, com o Carqueijo a receber e a empatar (2-2) com o Sanguedo CVP, duas equipas que perseguem o primeiro lugar e o consequente apuramento no grupo A.
O Carqueijo, sob o comando do treinador Marcos Santos, alinhou de início com César, Gabriel Calais, Vitor, Ricardo, Pintas, Luiz Gustavo, Lucas Mafran, Rui Pedro, Diogo Silva, Jonatha e Yorda. No segundo tempo entraram ainda no Carqueijo, Tomás, Luís Martins, Dylan, Daniel, Santiago, Xico e Ruben.
Num jogo bem disputado, e com as equipas a equivalerem-se, o Carqueijo adiantou-se com um golo de Jonatha e, face a um adversário balanceado no ataque, elevou para 2-0 pelo mesmo jogador, em jogada de contra-ataque.
Na segunda parte, co. Menos um jogador por expulsão de Vitor (por acumulação de amarelos), os visitantes reduziram na cobrança de um livre direto e, a 8m do final, empataram num lance fortuito, com um ressalto a trair o guarda-redes local.
OCom esta vitória, e sobretudo com a performance exibida, a CPVV sublinhou a melhoria necessária para a sua recuperação na tabela classificativa. Tem seis jogos até final para sair do penúltimo lugar (19 pontos em 12 jogos).
A equipa valonguense entrou bem na partida e cimentou uma vantagem que controlou bem no segundo tempo. Vencia ao intervalo por 14-6, mantendo um golo a mais no segundo período (parcial de 18-17).
A CPVV/Lanidor alinhou e marcou: Diana Oliveira (1), Inês Chaves (3), Nadia Gonçalves (10), Mariana Silva, Tânia Veiga (1), Sofia Veiga (2), Inês Veiga (3), Joana Santos (1), Maria Fernandes, Bruna Santos (1), Catarina Arrojado (4), Lara Silva, Maria Silva (2), Ana Bastos (4) e Ana Gteixeira. Treinador: Juan Marques.
Outros resultados da jornada: Maiastars, 30 - Alpendorada, 23; Didáxis, 20 - Assomada, 21; CS Madeira, 28 - Santa Joana Maia, 23.
Classificação: 1.º Maiastars, 30 pontos; 2.º CS Madeira, 28; 3.º Juve Lis, 27; 4.º Didáxis, 24; 5.º Alpendorada, 24; 6.º Santa Joana Maia, 23; 7.º Assomada, 23; 8.º Beira Douro, 22; 9.º CPVV, 19; 10.º Colégio de Gaia B, 17.
Próxima jornada (sábado): Maiastars - CPVV (19h, pavilhão Municipal da Maia), Colégio de Gaia B - Beira Douro, santa Joana Maia - Juve Lis, Assomada - CS Madeira e Alpendorada - Didáxis (os dois últimos no domingo).
O jogo integrava a 7.ª jornada da competição e confirmou o bom momento que a equipa aguedense atravessa, ao não fosse a formação local uma das perseguidoras na tabela classificativa. O poder ofensivo do GICa voltou a fazer a diferença desde o início e ao intervalo o resultado era já de 17-14 para os aguedenses.
A equipa melhorou defensivamente no segundo tempo mas manteve o rendimento ofensivo, tendo alinhado com André Miranda (1), Tomás Maia (4), Diogo Guerra (2), Gustavo Pereira, Bruno Silva (1), Tiago Sousa (3), Bruno Esteves (1), Renato Dias, Ricardo Almeida (2), Cristiano Nogueira (13), Alexandre Sarabando, Pedro Matias (3), Gonçalo Matos, Jorge Pires (3) e Bruno Oliveira. Treinador: Paulo Gomes.
Outros resultados da jornada: SIR 1.º de Maio, 21 - Batalha, 20; Cister, 37 - Juve Lis B, 22; Ílhavo, 24 - Nazaré D. Fuas B, 24.
Classificação: 1.º GICA, 19 pontos; 2.º Nazaré D. Fuas B, 18; 3.º Cister, 17; 4.º Ílhavo, 16; 5.º Pombal, 15; 6.º Batalha, SIR 1.º Maio e Juve Lis B, 9.
Próxima jornada (sábado): Batalha - Juve Lis B, Pombal - SIR 1.º Maio, Cister - Nazaré D. Fuas B e Ílhavo - GICA (21h, pavilhão Municipal da Gafanha da Encarnação).
A formação aguedense tem, assim, no próximo sábado, um novo teste à sua liderança, diante da única equipa que até agora lhe roubou pontos, na jornada inicial.
Mesmo tendo em conta a dificuldade do jogo, o Travassô jogou com determinação e pressionou o adversário, inaugurando o marcador num ressalto que originou autogolo. No minuto seguinte elevou para 2-0 por João Reis, mas o adversário reduzia a diferença (1-2). O Travassô desperdiçou quatro boas situações de golo e, em poucos minutos, o Fiães deu a volta ao jogo. O Travassô ainda igualou com o quinto jogador no ataque mas segundo depois os locais voltariam a adiantar-se, fazendo o resultado final.
O Travassô alinhou com Isack, Ricardo Soputo, Rui Génio, Nuno Costa (1), João Reis (1), Diogo Rodrigues, Tomás Nunes, Daniel Brites, Diogo Fontes, Miguel Fernandes, José Bastos e Paulo Costa. Treinador: José António Rodrigues.
A ARCA mantém as dificuldades neste regresso ao escalão maior da AFA, sofrendo o primeiro golo aos 5m e mais cinco golos até ao intervalo. O Lourosa mostrou-se superior e chegou aos 9-0 aos 28m, altura em que Leonardo reduziu, voltando a fazê-o perto do final (11-2 e 11-3, este por Gabriel).
A ARCA alinhou com: Luis Santos, Sérgio Novo, Fábio Silva, Joel, Leonardo (2), Rui Abrantes, Marco, Marques, David Moto, Tiago Mota, Daniel Simões, André Martins e Gabriel (1). Treinador: Alex Manaia.
BARRÔ DERROTADO NA SEGUNDA DISTRITAL
O Barrô também foi derrotado na 2.ª divisão distrital, deixando escapar pontualmente o Vila Nova de Monsarros e não aproveitando a perda de pontos do antigo líder, ADREP.
Frente ao Always, em Vagos, o Barrô perdeu por 2-5, num jogo em que começou a perder aos cinco minutos e o melhor que conseguiu foi reduzir para 1-2 aos 15m (Diogo Barros) e para 2-4 aos 36m (Ruben Oliveira). Alinharam pelo Barrô: Pedro Carvalheiro, Alex Coelho, Gonçalo Conceição, Hugo Martins, João Henriques, Daniel Martins, Ruben Oliveira, Ruben Martins, Diogo Nogueira, Diogo Barros e Lopez. Treinador: Erineu Landim.
Trata-se de uma subida de 60 posições, em comparação com a classificação final de 2023 (155.ª). A distinção ocorre ao fim de quatro edições e apenas dois anos após integrar as provas da organização. É a terceira maratona portuguesa a integrar o top 100 mundial, depois de Lisboa e Porto.
“A classificação da Maratona da Europa como uma das 100 melhores provas do mundo é uma enorme honra para a Câmara Municipal de Aveiro (CMA), que apoia esta iniciativa desde o primeiro dia. Esta competição é uma aposta da CMA – com apoio da Câmara de Ílhavo, da Turismo Centro de Portugal e organização da Global Sport – que não ficará por aqui. Queremos potenciar a Maratona em termos de qualidade e participação, cumprindo os objetivos de desenvolvimento desportivo, marketing territorial e promoção turística da Região de Aveiro e dos seus valores naturais e gastronómicos”, considerou o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves.
A Maratona de Europa realizou-se pela primeira vez em 2019 e contabilizou outras três edições, que tiveram lugar em 2022, 2023 e 2024. A prova integrou pela primeira vez o calendário mundial da World Athletics no ano passado, após ter conquistado o selo da organização em 2023. Esta certificação possibilita aos atletas que participem na Maratona da Europa pontuarem para o ranking mundial e, com isso, acederem a outras maratonas internacionais.
Recordamos que a Maratona da Europa integra o primeiro patamar de um conjunto de quatro níveis, o grupo “Label” (categoria E), que autentica as principais provas de estrada por todo o mundo. Nos níveis seguintes estão os selos “Elite” (B), “Gold” (A) e “Platinum” (GW).
Além da Maratona da Europa, há apenas duas provas portuguesas no ranking da World Athletics: a Maratona do Porto EDP (93.º) que já conta com 20 edições e a Maratona de Lisboa EDP (64.º) com 38 provas realizadas.
A formação aguedense junta-se assim ao Sporting de Braga, campeão nacional (também na fotografia), na representação de Portugal naquela competição, emblemática pelo histórico que o atletismo nacional tem na mesma, dominando as estatísticas das vitórias por equipas.
Para o dirigente Hugo Pinheiro, trata-se de um “momento bastante significativo, talvez o mais marcante” da seção de atletismo do Recreio de Águeda, que assim vê “reconhecido” o trabalho que vem efetuando nos últimos nove anos.
“Já uma vez estivermos perto e chegámos a formar um equipa reforçada para participar, mas acabou por ir apenas uma equipa portuguesa, o Sporting; desta vez, está confirmada a nossa estreia numa competição que para nós é especial”, referiu o dirigente a SP. “Águeda, a cidade e o concelho, vai estar representada ao mais alto nível numa prova europeia com as melhores, pelo Recreio, clube centenário e baluarte desportivo do município, o que muito nos honra”, salientou Hugo Pinheiro.
O Sporting, que venceu 15 vezes em masculinos, e o Sporting de Braga, que triunfou sete vezes em femininos, são os emblemas mais titulados em cada categoria no historial da Taça dos Clubes Campeões Europeus de corta-mato.
Na edição deste ano, Solange Jesus estará a representar o Sporting de Braga, enquanto o Recreio de Águeda marcará presença com Susana Santos - atleta que esteve presente na maratona dos recentes Jogos Olímpicos de Paris - Carla Martinho, Joana Ferreira, Susana Cunha e Rafaela Fonseca.
O programa das celebrações começa a 6 de fevereiro com a peça “Concerto em Só”, onde uma orquestra se vê reduzida a um só elemento, que nem é bem músico. Dois dias depois, no sábado, é apresentado “La Jetée”, um filme concerto onde Filipe Melo e João Pereira recriam o universo sonoro da emblemática obra do realizador Chris Maker. A narração está a cargo da atriz Beatriz Batarda. Passando para a música, na noite de 13, há o café-concerto com João Couto e a 15 de fevereiro, Ana Moura regressa ao Cineteatro Alba com uma nova musicalidade, mais plural, que ficou bem espelhada no disco “Casa Guilhermina”. O concerto assinala ainda as comemorações dos 190 anos da Fundação do Concelho. No dia seguinte, pelas 18h00, será exibido o clássico de 1947, “Inconquistáveis”, com Gary Cooper e Paulette Goddard.
O teatro regressa a 22 de fevereiro com a comédia “Tenho um papel para ti”. Ana Guiomar, Sílvia Rizzo, Carlos M. Cunha e Eduardo Madeira são os atores que, apenas no próprio dia, terão acesso ao texto que deverão representar em palco. Como é que se irão safar?
Nas noites de 6, 13 e 20 de fevereiro, antes dos espetáculos no Café-Concerto, vão ser dinamizadas três visitas performativas – encenadas, musicadas e dançadas – que propõem um novo olhar e um roteiro criativo pelos diferentes espaços do Cineteatro Alba. Neste percurso, será ainda possível admirar os novos elementos da Exposição Permanente 1950 – 2025, que englobará momentos chave dos últimos 75 anos.
PROPOSTAS PARA O TRIMESTRE
No primeiro trimestre de 2025, além do programa das comemorações dos 75 anos do Cineteatro Alba, o público pode contar com uma grande variedade de espetáculos contemplando as várias artes performativas. No circo contemporâneo, “Pay(i)sage(n)s”, de João Paulo Santos sobe ao palco da Sala Principal na noite de 25 de janeiro apresentando uma variação do mastro chinês em três quadros que contam a história do tempo que passa pelas paisagens.
Na música, os destaques vão para “Jazz’art com… Mário Laginha” a 30 de janeiro, onde os alunos da art’J – Escola Profissional de Artes Performativas da Jobra irão atuar com um dos maiores nomes do jazz nacional, Mário Laginha. Mais um exemplo de colaboração artística será a 8 de março com a Orquestra Filarmonia das Beiras e os alunos dos Cursos Profissionais de Música Clássica da art’J apresentarem “Fantasia e Primavera”, uma ode à juventude. Num outro registo, o Cineteatro Alba recebe, a 15 de março, os Capitão Fausto, que trazem na bagagem o último trabalho discográfico “Subida Infinita”.
O Ciclo Bandas em Concerto prossegue no primeiro trimestre de 2025 com a Banda Recreativa União Pinheirense (26 de janeiro), Banda Velha União Sanjoanense (23 de fevereiro) e Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca (9 de março). No Espaço Café-Concerto, os espetáculos mais intimistas serão com Susie Filipe – Em Tempo Real, na noite de 6 de março, e os Bastiskaf, a 20 de março.
No teatro, para o público familiar, destaca-se “Hansel e Gretel – A Casinha de Chocolate” a 22 de março, uma revisitação ao clássico dos irmãos Grimm, inserida na programação do Encontro Formativo “Para Além de Princesas e Dragões”. Ainda no âmbito deste encontro estará patente, entre 6 e 30 de março, a exposição de ilustração “Maria Remédio”. Ainda no teatro, a 27 de março, “Vida: Uma Aplicação” vai mergulhar na condição humana na era digital, uma produção da Jobra no âmbito do PANOS.
No cinema, o Cineteatro Alba dá início a um novo ciclo temático denominado “Comunidade”, que visa celebrar as diferentes culturas que coexistem na nossa sociedade, convidando à curiosidade e à aprendizagem do outro. O primeiro filme, a ser exibido a 30 de março, será a produção indiana “All you can imagine as light”, de Payal Kapadia.
O Centro de Artes de Águeda (CAA) apresenta, neste primeiro trimestre do ano, um ciclo de "Concertos Íntimos" que conta com três grandes nomes conhecidos do panorama nacional. Com o primeiro concerto marcado já para o dia 18 de janeiro (21h30), protagonizado por Tiago Bettencourt - um dos mais respeitados compositores e intérpretes da música portuguesa. O cantor vai dar início à sua primeira digressão a solo.
Com uma carreira marcada por canções emblemáticas e álbuns memoráveis, Tiago Bettencourt continua a surpreender e a encantar com a sua voz única e com as suas músicas marcantes.
Em fevereiro, dia 8, e depois de esgotar a sessão das 21h30, Pedro Abrunhosa dará um segundo espetáculo, marcado para o mesmo dia, às 17h.
Pedro Abrunhosa é viajante, escritor, homem de palco por excelência, é na estrada que se reencontra. Pedro Abrunhosa deixa patente a sua poderosa escrita através de canções que se juntam a tantos outros hinos, lendas, adágios a que o Autor nos habituou desde sempre.
Em março, nos dias 7 e 8, Tim apresenta-se numa temporada única, num espetáculo a solo, original e irrepetível. Tim traz-nos o espetáculo “Canta-me Histórias”, onde nos canta as tantas situações e histórias que viveu, o que se tornou impossível de condensar numa apresentação solitária. Tim percebeu e questionou-se: porque não fazer várias, no mesmo local, numa espécie de residência? E assim surgem dois concertos diferentes, em dois dias diferentes, no Centro de Artes de Águeda!
Bilhetes no CAA, locais habituais e em Ticketline.
Rita Red Shoes tem sido amplamente reconhecida por inovar na música pop e alternativa em Portugal, mantendo sempre uma forte ligação ao público através da sua autenticidade e versatilidade artística.
O seu trabalho é caracterizado por letras introspetivas que exploram temas tais como o amor, autodescoberta e superação.
Entre as suas obras mais marcantes encontram-se “Captain of My Soul”, “Choose Love”, “Dream On Girl” e “Mulher”.
A centenária Banda Alvarense vai partilhar o palco do CAA, antecipando garantindo “mais um espetáculo inesquecível, repleto de ótima música e emoção, que promete contagiar a sala inteira”.
O concerto terá a duração de 1h15. Os bilhetes são a 8 e a 10 euros.
Nesta exposição de pintura, Dália Santos explorou a conexão de Frida Kahlo com a natureza e o simbolismo das flores na sua obra. Ao longo da vida, a pintora mexicana utilizou elementos naturais, como flores e paisagens, para expressar as suas emoções na procura da sua identidade. Paralelamente, as flores, bem como as raízes, são exploradas por Dália Santos como um símbolo de força, resistência e renovação, refletindo tanto a beleza como a fragilidade da vida.
Dália Santos é mestre em Criação Artística Contemporânea. Desde 2000, dedica-se à pintura, procurando alcançar equilíbrio entre o que sente e o que pinta, através de formação contínua e trabalho de atelier. Influenciada por artistas como Frida Kahlo, encontra nos seus traços espontâneos formas orgânicas, raízes e flores, associadas a uma ligação muito próxima a ambientes naturais que acompanham a artista Albergariense desde a infância.
Através do atelier de pintura Daliarte presta serviços à comunidade com aulas de pintura para crianças e adultos, bem como ateliers criativos em parceria com várias associações/instituições. Dália Santos pinta murais e tem apresentado as suas obras em exposições coletivas e individuais.
A exposição de pintura "Frida Kahlo e as flores como reflexos da alma" estará patente na Biblioteca Municipal até 31 de janeiro.
Nesta nova digressão, Sara Correia apresenta-se com o estatuto de fenómeno: “cruzou o mundo sempre sob aplausos, lançou dois álbuns aclamados pelo público, elogiados pela crítica e premiados pela indústria, foi nomeada para um Grammy Latino, reuniu à sua volta alguns dos melhores letristas e compositores da atualidade e afirmou o fado como a sua casa”, sublinha-se no lançamento do espetáculo.
Sara Correia apresenta o seu terceiro disco - Liberdade -, o “mais fadista” de todos. “À linguagem melódica fadista, de portugalidade vincada, vestiram-se depois as melodias de arranjos distintos e sonoridades mais ecléticas, livres, sem estereótipos”.
Em palco, em conjunto com a sua banda – Diogo Clemente na viola de fado e direção artística, Ângelo Freire na guitarra portuguesa, Frederico Gato no baixo acústico e Joel Silva na bateria – Sara Correia apresenta um espetáculo “uniforme e coeso”.
Os bilhetes estão disponíveis no CAA, locais habituais e em Ticketline - aqui: https://bit.ly/3DNVx00
O Etos Vocal ensemble nasceu a 6 de junho de 2020 e desde então tem crescido, de forma gradual e progressiva. O grupo conta neste momento com 18 elementos e o tipo de repertório apresentado é clássico erudito, tendo como exemplos temas de Morten Lauridsen, Jake Runestad, Kim André Arnessen, Ericks Esenvalds, Eric Whitacre, entre outros.
Uma apresentação leve e bem disposta que começou com a Abertura da Opereta Cavalaria Ligeira de Franz von Suppé, passou por valsas e polcas de Johann Strauss II sem esquecer os compositores portugueses como Joly Braga Santos, Frederico de Freitas e Filipe Raposo.
Em versão orquestra sinfónica completa a Metropolitana soou magistralmente pela batuta de Fernando Marinho.
O diretor artístico e maestro aguedense, Pedro Neves, agradeceu o convite à Câmara Municipal e ao CAA, destacando que Águeda é um concelho que “trata muito bem a música”; elogio que o presidente da Câmara aceitou e devolveu ao maestro pelo seu percurso brilhante, sugerindo que “…o mundo estaria melhor se em vez de armas entregássemos um violino a cada soldado!”
Pedro Neves aproveitou ainda o momento para parabenizar uma organização que lhe é próxima e querida e que completa este ano o seu centenário, a Orquestra 12 de Abril.
O programa terminou com a valsa Danúbio Azul também de J. Strauss II mas o publico teve direito a extra com Radetscky March de J. Strauss I.